Síntese Anual da Agricultura de Santa Catarina - 2003-2004 - Cepa

74SÍNTESE ANUAL DA AGRICULTURA DESANTA CATARINA 2003-2004FEIJÃOOs mais expressivos ganhos de produtividadeforam os do Paraná (47%) e SãoPaulo (38%) (Tabelas 9, 10 e 11).Clima acentua queda deprodução catarinenseAs perdas sofridas nas duas safras catarinensesdeste ano agrícola, pelas razõesjá mencionadas (ocorrência de adversidadesclimáticas e mau desempenho demercado) foram totais em cerca de 4,5mil hectares (quase 3,5% da área total).Destes, 150 hectares, localizados na regiãode Curitibanos, foram perdidos noperíodo de implantação e desenvolvimentobiológico da primeira safra.Os restantes 4,33 mil hectares (mais de96% da área perdida total) foram perdidosdurante a segunda safra.As perdas mais expressivas, entretanto,manifestaram-se através da redução daprodutividade e da qualidade dos grãos.Entre os dois últimos anos, ocorreramperdas de produção em todas as regiõesdo estado, com maior vulto em Curitibanos(-51,5%), Canoinhas (-36%), Joaçaba(-23,5%), Xanxerê (-23%) e Criciúma(-22%).Crescimento no rendimento médio só aconteceuem Canoinhas (8,5%) e Tubarão (1%).cultivos tenha evoluído positivamenteem quatro das principais regiões produtoras:Chapecó (25%), Tubarão (12%),Xanxerê (11%), Lages (5%), as quais,juntas, representaram 43% da produçãoem 2004. (Tabelas 12, 13 e 14).A safracatarinense das águas foi colhida empouco menos de 100 mil hectares e alcançouum rendimento médio bastantepróximo a 1,14 tonelada por hectare.Produziu, portanto, cerca de 111,7 miltoneladas.Se comparados com os da primeira safrade 02/03, esses números indicam a contraçãoda área cultivada em pouco menosde 6%; da produtividade média, em 14%e do volume de produção, em 18,5%.Mesmo assim, voltaram a participar com79% da quantidade total de feijão produzidaem território estadual. Em 2003, representavam72,5%.Este desempenho da safra também mostrouum pequeno rebaixamento da intençãode plantio dos produtores.De um lado, teve-se uma série de incidênciasclimáticas desfavoráveis, a começar pelaschuvas do início de outubro, que retardaramo preparo do solo e o plantio.Seguiram-se-lhe as geadas de novembro,no Planalto Norte, que impuseram o replantiode cerca de 20% da área, e a estiagemde janeiro, que provocou poucase localizadas perdas diretas.Ao longo dos últimos cinco anos, a tendênciaà queda de produção e de área tambémse faz sentir em todas as regiões,conquanto a produtividade média dosEsta primeira safra catarinense 03/04restringiu também sua participação naprimeira safra nacional.