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Volume 4 - Portal do Professor - Ministério da Educação

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8810, pois não existe escola de quali<strong>da</strong>de semprofessor de quali<strong>da</strong>de, com boa formação,eleva<strong>da</strong> auto-estima e comprometi<strong>do</strong> com aaprendizagem de seus alunos. Para isso, énecessário uma formação continua<strong>da</strong> ofereci<strong>da</strong>pelo Governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>.Desde 2008 já foram realiza<strong>da</strong>s váriasações de formação continua<strong>da</strong> para os professores,como o Progestão, programa de formaçãocontinua<strong>da</strong> à distância para gestoresescolares, desenvolvi<strong>do</strong> pelo CONSED – ConselhoNacional de Secretários <strong>da</strong> Educação.Embora o governo estadual anterior tenhaadquiri<strong>do</strong> o material instrucional <strong>do</strong>Progestão, não implementou o programapara gestores <strong>da</strong>s escolas estaduais. Desde2000, o curso somente foi ofereci<strong>do</strong> em algunsMunicípios gaúchos para gestores municipais.Desenvolvemos o PDE Escola, juntocom o MEC, o Acelera Brasil, e uma sériede ações de capacitação para professoresde diferentes mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>des de ensino, comoeducação indígena, especial, prisional, dejovens e adultos, etc. Chegamos a capacitarem 2008 mais de 16 mil <strong>do</strong>s nossos cercade 80 mil professores em ativi<strong>da</strong>de na redeestadual de ensino.E agora estamos entregan<strong>do</strong> para vocêsas Lições <strong>do</strong> Rio Grande. No Rio Grande <strong>do</strong>Sul, como no Brasil, o processo social e educacionaldesenvolve-se de maneira pendular.Nos anos 50/60 até os anos 70, tivemosum processo muito centraliza<strong>do</strong> no que serefere a currículos escolares. Os currículoseram elabora<strong>do</strong>s nas Secretarias de Educaçãoe repassa<strong>do</strong>s às escolas, para que elasos executassem. Aqui no Rio Grande <strong>do</strong>Sul, inclusive os exames finais eram feitosna própria Secretaria de Educação e eramenvia<strong>do</strong>s a to<strong>da</strong>s as escolas <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, paraserem aplica<strong>do</strong>s. Eram elabora<strong>do</strong>s não paraavaliar o sistema, como o SAEB ou SAERS,mas para avaliar, aprovar ou reprovar osalunos. Os professores deviam desenvolveros currículos elabora<strong>do</strong>s pela Secretaria deforma a preparar seus alunos para fazeremas provas <strong>da</strong> SEC. Naquela época, a socie<strong>da</strong>deera muito mais simples, com menoshabitantes, e era menos diversifica<strong>da</strong>. A frequênciaà escola era muito menor: apenas36% <strong>da</strong> população de 7 a 14 anos estavamna escola em 1950, enquanto hoje são 97%no Brasil e 98% no Esta<strong>do</strong>. Quan<strong>do</strong> apenas36% <strong>da</strong> população na faixa etária apropria<strong>da</strong>frequentava a escola, basicamente só aclasse média estu<strong>da</strong>va e a escola era maispadroniza<strong>da</strong>, tanto no currículo quanto naforma de avaliação <strong>da</strong> aprendizagem.Atualmente, a socie<strong>da</strong>de brasileira é muitomais complexa e diversifica<strong>da</strong>, com maishabitantes, e o Brasil é uma <strong>da</strong>s socie<strong>da</strong>desmais desiguais <strong>do</strong> planeta. A escola é de to<strong>do</strong>s:to<strong>da</strong>s as classes sociais estão na escola,sen<strong>do</strong> impossível desenvolver um processoeducacional padroniza<strong>do</strong> como antigamente.Com a luta pela redemocratização <strong>do</strong> Paísnos anos 80, conquistou-se o importante conceitode autonomia <strong>da</strong> escola. Entretanto, nomovimento pendular <strong>da</strong> história, fomos parao outro extremo. Hoje, no País existem diretrizescurriculares nas normas <strong>do</strong>s Conselhosde Educação, tanto Nacional como Estadual,mas essas diretrizes são muito gerais nãoexistin<strong>do</strong>, assim, qualquer padrão curricular.A partir dessas normas, as escolas são totalmentelivres para fazerem os seus currículos,inclusive dificultan<strong>do</strong> o próprio processo deir e vir <strong>do</strong>s alunos entre as escolas, porquequan<strong>do</strong> um aluno se transfere, é diferente deescola para escola o que se ensina em umamesma série.O Brasil inteiro está fazen<strong>do</strong> um movimentode síntese entre esses <strong>do</strong>is extremos, entreaquilo que era totalmente centraliza<strong>do</strong> nasSecretarias, até os anos 70, e a extrema autonomia<strong>da</strong> escola, no que se refere a currículos.Estamos chegan<strong>do</strong> a uma posição intermediária,que é uma proposta de referencialcurricular para ca<strong>da</strong> rede de ensino, defini<strong>da</strong>pelas Secretarias: não é aquela centralizaçãoabsoluta, nem a absoluta descentralizaçãode hoje. Essa síntese é também um imperativo<strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de a partir, por exemplo, <strong>da</strong>smetas <strong>do</strong> Movimento To<strong>do</strong>s pela Educação.Esse Movimento, lança<strong>do</strong> em setembrode 2006, têm como objetivo construir umaReferencial Curricular 4.indd 8 25/8/2009 11:10:15

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