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Obra Completa - Universidade de Coimbra

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108 O pancreas cm cirurgiaAo contrario do que geralmente acontece com a lithiasebiliar, a ictericia que acompanha o cancro dopancreas é continua e progressiva. É que á simplescompressão inicial do choledoco junta-se, num periodomais avançado da doença, a invasão cancerosa e, portanto,a obstrucção completa e irreductivel do seucalibre. Não po<strong>de</strong>rá pois haver periodos <strong>de</strong> regressãomanifestamente caracterizados por uma diminuição <strong>de</strong>coloração dos tegumentos.A marcha da ictericia é pois inalteravel; inicialmentepouco intensa e simplesmente localizada em <strong>de</strong>terminadasregiões, vae lenta mas progressivamenteattingindo todo o organismo.Nos casos <strong>de</strong> cancros originados nas camadas superficiaesdo tecido pancreatico, a ictericia não existe,pois que o choledoco não é comprimido. Só mais tar<strong>de</strong>,se o neoplasma invadir as camadas profundas, é quese começará a observar o apparecimento da côr ictérica(1).Casos ha também em que a ictericia não é <strong>de</strong>vida ácompressão ou á invasão neoplasica do choledoco. Assim,por exemplo, num caso referido por MONOD, asperturbações biliares eram <strong>de</strong>vidas a uma angiocholiteconcomitante, e num outro, assignalado por CAR-NOT, resultavam da invasão cancerosa das vias biliaresintra-liepaticas.Conjunctamente com a ictericia observam-se symptomascutâneos diversos significativos duma intensacholemia (prurido, xantelasma, xantopsia, etc.).(1) Num caso citado por RAMEY, a ausência da ictericia era<strong>de</strong>vida ao facto do choledoco não atravessar a cabeça do pancreas.

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