Obra Completa - Universidade de Coimbra

53cholecistite, que acaba por envolver a vesícula nummagma de adherencias, onde quasi sempre é difficillimodistinguir o que quer que seja.«É por isso que as obstrucções do choledoco que foramprecedidas duma velha historia de cholelithiase,ou pelo menos de cholecistite, são quasi sempre acompanhadasde retracção da vesícula, e a natureza dessaobstrucção é ella própria calculosa, emquanto que assem passado vesicular são fortemente suspeitas depancreatites (neoplasicas ou não), vaterianas ou portumôr do proprio choledoco, e acompanham-se de fortedilatação da vesícula.«O que determina, pois, a distensão cholecistica, nãoé a natureza do obstáculo, mas o estado das suas paredes,atrophiadas ou não, mais ou menos esclerosadas,susceptíveis de se distenderem, ou rodeadas efixadas por adherencias.«Por isso, também, não são raros os casos de obstrucçãocalculosa do choledoco com distensão davesicula, como ainda se comprehende a possibilidadedum tumor comprimir as vias biliares, sem que a vesiculase dilate.«No caso, pois, de pancreatite precedida ou acompanhadade cholelithiase, a vesicula em geral estaráatrophiada, esclerosada, rodeada de adherencias e portantoretrahida.«Nos casos, porém, em que a pancreatite comprimeo choledoco, mas não está associada á infecção das viasbiliares, ou pelo menos não foi precedida de pousséesde chole e pericholecistite, a vesicula biliar dilata-secomo se dilatam o hepático e o choledoco acima daobstrucção».Tal é a descripção que o SR. DR. REYNALDO DOS