Obra Completa - Universidade de Coimbra

Parte therapeutica 175não só pela maior proximidade do duodeno em relaçãoás vias biliares e pela sua relativa immobilidade —facto que evita as tracções sobre a sutura intestinobiliar—,mas também pela razão physiologica de reproduziremas condições normaes de escoamento dabilis tão necessarias ao bom funccionamento orgânico.Recorrer-se-ha pois á cholecisto-duodenostomia, áliepatico-duodenostomia ou á choledoco-duodenostomia.A cholecisto-duodenostomia, adoptada ultimamentepela quasi totalidade dos cirurgiões no tratamento docancro do pancreas, é, por vezes, difficil de executarnas pancreatites chronicas; pois que a vesicula, geralmentepequena, esclerozada e envolvida por adherencias,só difficilmente se poderá approximar do duodeno.Este inconveniente pôde, é certo, ser facilmenteremovido pelo descollamento retroduodenal que conseguiráapproximar o duodeno da vesicula biliar.Todavia, embora cirurgicamente possível, a anastomosecholecisto-duodenal é physiologicamente condemnavel,pois que força a bilis a percorrer um trajectosinuoso que favorecerá as infecções biliares ascendentes.Num artigo recentemente publicado na Revistade Cirurgia, VAUTRIN refere um caso em que a cholecisto-duodenostomiafoi seguida de signaes nítidosduma infecção biliar.VAUTRIN preconiza, como processo de escolha, a liepatico-duodenostomia.Em vez do trajecto sinuoso eaccidentado imposto pela cholecisto-duodenostomia aofluxo biliar, ter-se-ha então um trajecto directo e curtoque, pela óptima drenagem que realiza, evitará a infecçãoascendente de origem intestinal.Ha quem tenha também recorrido á clioledoco-duo-