Obra Completa - Universidade de Coimbra

174ção de continuidade, procede-se ao descollamento lentoe progressivo do duodeno e da cabeça do pancreas.Desviando então estes dois orgãos para deante e paraa esquerda, examina-se minuciosamente a face posteriorda cabeça da glandula pancreatica e o segmentoterminal do choledoco. Se existem cálculos biliares,executa-se a choledocotomia e, pela abertura effectuada,introduz-se uma sonda que irá explorar a permeabilidadedo choledoco. Termina-se a operação poruma drenagem, ou pela simples sutura da solução decontinuidade do canal biliar.Tal é, em resumo, a technica do descollamento duodeno-pancreaticodescripta por VAUTRIN.Além de permittir uma exploração minuciosa daporção pancreatica do choledoco — facto que os outrosmethodos difficilmente realizam — este processo temainda a vantagem de facilitar o exame da face posteriordo pancreas e do fornecer indicações precisas sobrea extensão das lesões retro-pancreaticas.A drenagem das vias biliares pôde obter-se por doisprocessos: fistula biliar interna e fistula biliar externa.A fistula biliar interna obtem-se pela anastomosedas vias biliares com o intestino ou com o estomago.As anastomoses das vias biliares com o intestino sãoas que mais frequentemente têem sido empregadas.Uns praticam a cholecisto-enterostomia; outros recorremá hepatico-enterostomia; por ultimo ainda, autoresha que preconizam a choledoco-enterostomia.O segmento intestinal com que geralmente se faz aanastomose é o duodeno, mas tem-se também recorridoao jejuno, ao ileon e ao colon.As anastomoses duodenaes parecem-me preferíveis