MUHM - Museu de História da Medicina
Um acervo vivo que faz ponte entre o ontem e o hoje.
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O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)<br />
RIO GRANDE DO SUL: INDICADORES DE<br />
SAÚDE<br />
A saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> população resi<strong>de</strong>nte no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul,<br />
vista sob a ótica dos indicadores mais usuais e aceitos internacionalmente,<br />
como a mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> infantil proporcional por i<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
e por causa, e a expectativa <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> mostram uma sensível<br />
melhora. A saú<strong>de</strong> <strong>da</strong>s crianças, por mais paradoxal que seja,<br />
é medi<strong>da</strong>, como os outros indicadores, tomando por base o<br />
obituário. No caso específico, o coeficiente <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> infantil<br />
(CMI) é expresso pelo número <strong>de</strong> óbitos <strong>de</strong> menores <strong>de</strong><br />
um ano por 1.000 nascidos vivos.<br />
MORTALIDADE INFANTIL NO RIO GRANDE DO SUL –<br />
1970-2010<br />
Especificação 1970 1990 2010<br />
CMI 48.4 21.5 11.2<br />
Total óbitos<br />
- <strong>de</strong> 1 ano<br />
8.038 3.809 1.486<br />
Fonte: Estatísticas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM), v. 35,<br />
2010. Núcleo Informação <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>-RS.<br />
Se a análise fosse aprofun<strong>da</strong><strong>da</strong>, veríamos que a maioria<br />
dos óbitos <strong>de</strong> 2010 se fez às custas <strong>da</strong>queles que ocorreram<br />
antes <strong>de</strong> completar 28 dias <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. Isto sinaliza a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> melhorar o pré-natal e aperfeiçoar os recursos humanos e<br />
tecnológicos por ocasião do nascimento.<br />
Outro indicador clássico é a razão <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> proporcional<br />
(RMP), ou Swaroop e Uemura, expresso pelo percentual<br />
<strong>de</strong> óbitos <strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong> 50 anos ou mais em relação ao<br />
total <strong>de</strong> óbitos.<br />
RAZÃO DE MORTALIDADE PROPORCIONAL NO<br />
RIO GRANDE DO SUL – 1970-2010<br />
Especificação 1970 1990 2010<br />
RMP 55% 71% 81.6%<br />
Total <strong>de</strong> óbitos 40.813 58.360 77.653<br />
Fonte: Estatísticas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM), v. 35,<br />
2010. Núcleo Informação <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>-RS.<br />
A tendência a 100% do indicador reflete uma melhora<br />
nas condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>da</strong> população rio-gran<strong>de</strong>nse. O estado,<br />
no que tange à mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> proporcional (Swaroop e<br />
Uemura) no período observado, aproxima-se <strong>da</strong>s regiões com<br />
melhores condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>.<br />
A mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por grupo <strong>de</strong> causas, usa<strong>da</strong> em substituição<br />
ao coeficiente <strong>de</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> por doenças transmissíveis,<br />
por si só <strong>de</strong>monstra a per<strong>da</strong> <strong>da</strong> importância <strong>da</strong>s transmissíveis<br />
com a evolução <strong>da</strong> medicina na sua prevenção, em seu diagnóstico<br />
e tratamento.<br />
EVOLUÇÃO DA MORTALIDADE PROPORCIONAL<br />
NO RIO GRANDE DO SUL<br />
PRINCIPAIS CAPÍTULOS CID 10 – 1970-2010<br />
Causa 1970 1990 2000 2010<br />
IX Ap. circulatório 30.1 35.0 33.7 30.0<br />
II Neoplasias 11.7 16.3 19.3 21.3<br />
X Ap. respiratório 9.4 12.1 12.0 11.8<br />
XX Causas externas 6.8 10.8 9.5 9.2<br />
IV Endócrinas/Imunitárias 2.9 2.1 4.7 5.5<br />
XI Ap. digestivo 2.9 4.3 5.1 4.8<br />
I Infecto-parasitárias 9.3 2.8 3.7 4.2<br />
Fonte: Estatísticas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Sistema <strong>de</strong> Informações sobre Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> (SIM), v. 35,<br />
2010. Núcleo Informação <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. Secretaria <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>-RS.<br />
As doenças do aparelho circulatório e o câncer são responsáveis<br />
pela meta<strong>de</strong> dos óbitos, mas há um acentuado aumento<br />
<strong>da</strong> mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> pelas neoplasias. As causas externas,<br />
como as mortes violentas (aci<strong>de</strong>ntes, homicídios e suicídios),<br />
continuam ceifando vi<strong>da</strong>s jovens. Entre as cinco principais causas<br />
<strong>de</strong> morte aparecem, pela primeira vez, as endócrino-imunitárias.<br />
Neste grupo está a diabete, provavelmente uma <strong>da</strong>s<br />
doenças que o SUS terá <strong>de</strong> priorizar nas suas ações para diminuir<br />
o sofrimento dos que <strong>de</strong>la pa<strong>de</strong>cem, pois é uma doença<br />
que se prolonga por anos.<br />
A expectativa <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> me<strong>de</strong> o tempo médio esperado <strong>de</strong><br />
viver <strong>da</strong> pessoa nasci<strong>da</strong> naquele ano.<br />
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