MUHM - Museu de História da Medicina
Um acervo vivo que faz ponte entre o ontem e o hoje.
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<strong>Medicina</strong> militar no rio gran<strong>de</strong> do sul<br />
Moura Prunes, gran<strong>de</strong> vulto <strong>da</strong> psiquiatria e <strong>da</strong> medicina legal,<br />
foi capitão médico <strong>da</strong> reserva no Exército. Clóvis Bopp foi<br />
eleito para a Aca<strong>de</strong>mia Brasileira <strong>de</strong> <strong>Medicina</strong> Militar. Mário<br />
do Amaral Araújo interrompeu os estudos na facul<strong>da</strong><strong>de</strong> no<br />
Rio <strong>de</strong> Janeiro para participar <strong>da</strong> Missão Médica Brasileira na<br />
Primeira Guerra Mundial, sob comando do professor Nabuco<br />
<strong>de</strong> Gouvêa. Os professores Guerra Blessmann e Moisés Menezes<br />
organizaram cursos <strong>de</strong> enfermagem <strong>da</strong> Cruz Vermelha<br />
durante a Segun<strong>da</strong> Guerra Mundial. João Gomes <strong>da</strong> Silveira<br />
foi sol<strong>da</strong>do na Revolução <strong>de</strong> 1930 e Ivo Schiavo Drago participou<br />
como pracinha <strong>da</strong> Segun<strong>da</strong> Guerra Mundial. Telmo<br />
Kruse e João Batista Fernan<strong>de</strong>s foram tenentes <strong>da</strong> reserva<br />
<strong>da</strong> Aeronáutica após terem trabalhado no Hospital <strong>da</strong> Base<br />
Aérea <strong>de</strong> Canoas. José Mariano <strong>da</strong> Rocha Filho, gran<strong>de</strong> vulto<br />
<strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Santa Maria, foi capitão médico <strong>da</strong><br />
Briga<strong>da</strong> Militar e chefiou o serviço <strong>de</strong> cirurgia no hospital <strong>da</strong><br />
corporação em Santa Maria. Francisco <strong>de</strong> Castilhos Marques<br />
Pereira incorporou-se à Briga<strong>da</strong> Militar durante a Revolução<br />
<strong>de</strong> 1932 e só a abandonou ao passar para a reserva como coronel<br />
médico. Ocupou várias chefias e foi diretor do Hospital.<br />
Sobrou-lhe tempo e vi<strong>da</strong> para ser professor e diretor <strong>da</strong> Facul<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> <strong>Medicina</strong> <strong>da</strong> UFRGS, bem como secretário estadual<br />
<strong>da</strong> saú<strong>de</strong>. Hugolino Leal <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, radiologista e escritor<br />
<strong>de</strong> Santana do Livramento, também foi capitão médico <strong>da</strong><br />
Briga<strong>da</strong> Militar. Edmundo Berchon <strong>de</strong>s Essarts, que fora propagandista<br />
<strong>da</strong> República na juventu<strong>de</strong>, foi médico <strong>da</strong>s forças<br />
revolucionárias em 1923. Antônio Saint Pastous <strong>de</strong> Freitas,<br />
médico na Revolução <strong>de</strong> 1923, foi comissionado como tenente-coronel<br />
e chefe do Serviço Médico na Revolução <strong>de</strong> 1930.<br />
Contou com auxiliares nessa tarefa: Eliseu Paglioli, Aureliano<br />
<strong>de</strong> Figueiredo Pinto e Gabino <strong>da</strong> Fonseca, todos patronos <strong>da</strong><br />
Aca<strong>de</strong>mia. A medicina militar, que era to<strong>da</strong> a medicina no<br />
Continente do Rio Gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Pedro, nunca <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong><br />
ser importante no estado. Embora a paz seja uma aspiração<br />
<strong>de</strong> todos os gaúchos e <strong>de</strong> seus vizinhos platinos, é certo que<br />
sempre será o Rio Gran<strong>de</strong> do Sul o estado mais militarizado<br />
do Brasil. Isso continuará a exigir serviços médicos <strong>de</strong> excelência<br />
e servirá <strong>de</strong> inspiração para muitos jovens médicos<br />
prontos a lutar pela sani<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> nossas forças arma<strong>da</strong>s em<br />
tempos <strong>de</strong> guerra ou <strong>de</strong> paz.<br />
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