MUHM - Museu de História da Medicina

O ENSINO MÉDICO NO RIO GRANDE DO SUL
tados brasileiros. Entre estes municípios, 20 deles têm campus
com atividades presenciais e 65 contam com polos de educação
à distância. Possui 42 bacharelados entre os 87 cursos
que disponibiliza. Os ingressos de alunos nestes cursos são
feitos por semestres. Tem como mantenedora a Associação
Educacional Luterana do Brasil. Seu curso de Medicina recebe
60 alunos a cada semestre, que tem atividades no Hospital
Universitário em Canoas e em unidades vinculadas ao SUS. O
curso compõe-se de seis anos e teve sua autorização pelo MEC
em 1996 e reconhecimento em 2002, renovado em 2007. Ainda,
conta com diversos programas de residência médica.
2006 – MEDICINA DE SANTA CRUZ DO
SUL/UNISC
A Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) nasceu a
partir de sua mantenedora (Associação Pró-Ensino de Santa
Cruz) em 1962, desenvolvida por empenho e pela criatividade
da comunidade. Em 1964, estabeleceu o curso de Ciências
Contábeis e foi crescendo com outros quatro cursos. Adquiriu
sede própria e, em 1993, com parecer favorável do Conselho
Federal de Educação (CFE), foi reconhecida e passou a compor
o rol das universidades brasileiras. A partir de 2001, estabelece
campi em outros quatro municípios do estado (Sobradinho,
Capão da Canoa, Venâncio Aires e Montenegro). Em 2010, é
recredenciada por mais dez anos. Conta atualmente com 50
cursos de graduação, além de mestrados, doutorados e especializações.
Em 2003, compra o Hospital Santa Cruz, que, a
partir de 2012, passa a ter status de hospital de ensino.
Em 2006, é criada a Faculdade de Medicina, com 60 vagas
na graduação, que passam a ser 70 em 2015, com reconhecimento
em 2011. O curso recebe 30 novos alunos por
semestre, sendo 13 pelo PROUNI. Seu curso tem 9.596 horas
desenvolvidas nas áreas de saúde da mulher, da criança, do
adulto, saúde coletiva, além de fundamentos biológicos do ser
humano. Há estruturados programas de residência médica em
Clínica Médica, Cirurgia Geral, Pediatria, Gineco-obstetrícia e
Medicina da Família e Comunidade. Contou, em 2015, com
70 vagas para ingresso.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O desenvolvimento do ensino médico no Rio Grande do
Sul tem como marco inicial a criação da Faculdade de Medicina
e Farmácia, que gerou a FAMED/UFRGS em 1896. De maneira
geral, as formas como os diferentes cursos e faculdades
foram criados são em tudo semelhantes: um grupo de pessoas,
influentes em suas comunidades, envolvidas e interessadas no
seu crescimento e desenvolvimento, grandes médicos que estavam
à frente do seu tempo e tinham a capacidade de antever
o futuro, uniam esforços e não descansavam enquanto não sobrepassassem
os obstáculos que, porventura, se antepusessem
aos seus planos, projetos e ideias. Os modelos existiam, materializados
em cursos que os antecederam, e as formas de ultrapassar
os obstáculos também – bastava perseverar na busca pelo
reconhecimento da sua Faculdade de Medicina.
Com o passar do tempo, ocorreram mudanças nas formas
de liberação, reconhecimento e instalação de cursos e atualizações
de currículos. Assim como surgem entidades que congregam
os médicos, surgem as entidades que congregam as escolas e os
médicos professores, buscando compartilhar ideias de ensino. Em
1962, é fundada a Associação Brasileira de Escolas Médicas, que
passou a ser chamada de Associação Brasileira de Educação Médica
(ABEM). Em 1971, é constituída a Comissão Interinstitucional
Nacional de Avaliação do Ensino Médico (CINAEM). No início
dos anos 2000, são oficializadas diretrizes voltadas às diversas
graduações acadêmicas – as Diretrizes Curriculares Nacionais do
Curso de Graduação em Medicina, resolução do Conselho Nacional
de Educação, são instituídas em 7 de novembro de 2001.
Em 1896, graduaram-se 12 alunos e a população do estado
beirava 1 milhão de pessoas. Em 2015, são 1.006 vagas
distribuídas entre as 11 faculdades em atividade no estado. Entre
julho de 2013 e julho de 2014, há liberação de mais quatro
escolas/cursos de Medicina a serem instalados no Rio Grande
do Sul, em Passo Fundo (2), Lajeado e Santa Maria, conforme
o site Portal das Universidades (acessado em 13 de julho 2015).
Esta nova realidade vai aumentar o número de escolas de 11
para 15 e o de vagas de 1.006 para 1.240, o que facultará uma
vaga em faculdade de Medicina para cada 8.331 habitantes.
Hoje, temos, no Rio Grande do Sul, 27.818 médicos em atividade,
conforme o Conselho Federal de Medicina.
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