MUHM - Museu de História da Medicina

O ENSINO MÉDICO NO RIO GRANDE DO SUL
em 18 cidades do Rio Grande do Sul, em Brasília e na Região
Amazônica, além de colégios de ensino médio e fundamental
e unidades sociais.
O grande número de candidatos aprovados em vestibulares
de Medicina e sem vagas nos cursos que pudessem absorvê-los,
tal como ocorreu em Santa Maria, levou a Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul a autorizar, no seu
Conselho Universitário, em 10 de setembro de 1969, o surgimento
de curso de Medicina. A autorização para o funcionamento
do curso deu-se em maio de 1970 e a primeira turma de
médicos, com 61 alunos, formou-se em 5 de dezembro de 1975,
antes mesmo do decreto de reconhecimento definitivo de 12 de
fevereiro de 1976. Desde então, graduaram-se 2.342 médicos
na FAMED/PUC/RS. As atividades dos alunos são desenvolvidas
no hospital da própria PUC (São Lucas) e em unidades de saúde
comunitária. São 120 vagas para ingresso no curso.
1962 – A CATÓLICA DE PELOTAS/UCPEL
Já em 1937, a cidade de Pelotas contava com a Faculdade
de Ciências Econômicas. Foi com os cursos de Filosofia,
Ciências e Letras que a Universidade Católica de Pelotas foi
criada em 1960. Em seu crescimento, em 1967, adquiriu o
Hospital São Francisco de Paula e, nos dias de hoje, conta com
27 graduações, mestrados e doutorados. Em 15 de dezembro
de 1962, pelo seu Conselho Universitário, criou a Faculdade
de Medicina, que teve parecer favorável do MEC em 17 de
dezembro do mesmo ano. Suas atividades iniciaram-se em 4
de abril de 1963, com a primeira aula inaugural. Em 29 de
janeiro de 1968, teve seu reconhecimento estabelecido pelo
Conselho Federal de Educação (CFE). Atualmente, oferece 100
vagas por ano, com entradas em dois semestres, e seus alunos
contam com campi em Santa Vitória do Palmar, Piratini e Canguçu,
além de Pelotas.
a população do Rio Grande do Sul era de 4.159.663 habitantes
e o número de alunos nas duas universidades existentes
(URGS e PUC), ambas sediadas em Porto Alegre, era de 3.853,
ou seja, 0,09% da população. Destes, quase 70% estavam na
URGS. Nesta época, Pelotas tinha 178 mil habitantes, dos quais
72% residiam em áreas urbanas, e contava com 70 médicos.
Em 1969, é criada a Universidade Federal de Pelotas, oriunda
daquela primeira Escola de Medicina Veterinária e Agricultura,
anexando os cursos de Direito e de Odontologia, até então
ligados à URGS. Atualmente, conta com 98 cursos de graduação,
19 doutorados, 41 mestrados e, ligados à Faculdade de
Medicina, nove programas de residência médica.
A Faculdade de Medicina surge por envolvimento da comunidade
que, em 8 de maio de 1954, havia criado a Instituição
Pró-Ensino Superior do Sul do Estado. O objetivo maior,
e talvez único, era criar uma escola de medicina. Na mesma
época, há o movimento de criação da Católica de Medicina, e
talvez seja correto afirmar que a cidade se envolveu de forma
abrangente, e deste envolvimento resultaram as duas faculdades.
Em 20 de novembro de 1959, é fundada a Faculdade de
Medicina de Pelotas. Em 11 de maio de 1963, inicia suas atividades
já com autorização do Conselho Federal de Educação,
e tem seu reconhecimento em outubro de 1966. Conta, hoje,
com 100 vagas de ingresso no curso.
1959 – A LEIGA DE PELOTAS/UFPEL
A Universidade Federal de Pelotas nasce da primeira escola
superior criada no estado, em 1883, a Imperial Escola de
Medicina Veterinária e Agricultura. No fim da década de 40,
Foto 6. Faculdade Leiga de Pelotas
Fonte:
Acesso em: 05 fev. 2015.
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