MUHM - Museu de História da Medicina
Um acervo vivo que faz ponte entre o ontem e o hoje.
Um acervo vivo que faz ponte entre o ontem e o hoje.
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Apresença e a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> profissional dos médicos estrangeiros,<br />
especialmente alemães, italianos, húngaros e austríacos,<br />
no Rio Gran<strong>de</strong> do Sul (RS), no século passado, representaram<br />
uma etapa importante no contexto <strong>da</strong> assistência médica<br />
presta<strong>da</strong> às populações colonizadoras do território interiorano<br />
gaúcho.<br />
Na colônia, os médicos <strong>de</strong> língua alemã eram <strong>de</strong>nominados<br />
“herr doktor” em contraposição ao tratamento <strong>de</strong><br />
doutor <strong>da</strong>do normalmente ao médico brasileiro. Chegaram<br />
ao RS com o propósito <strong>de</strong> aplicar seus conhecimentos profissionais<br />
obtidos nas imponentes facul<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>Medicina</strong> europeias,<br />
com <strong>de</strong>staque às universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s europeias <strong>de</strong> Berlim,<br />
Hamburgo, Goettingen, Berna, Viena e Bu<strong>da</strong>peste. Testemunharam<br />
importantes momentos históricos <strong>da</strong> Europa e do Brasil<br />
e acompanharam os intensos fluxos <strong>da</strong> imigração alemã.<br />
Muitos fatores foram responsáveis por impulsioná-los para fora<br />
<strong>de</strong> suas terras natais e outros por atraí-los aos estados sulinos<br />
do Brasil, especialmente ao Rio Gran<strong>de</strong> do Sul.<br />
A imigração alemã começou já com o início <strong>da</strong> nacionali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
brasileira, logo após a <strong>de</strong>claração <strong>da</strong> in<strong>de</strong>pendência do<br />
jugo português, proclama<strong>da</strong> por D. Pedro I em 1822. Sua esposa,<br />
a imperatriz Leopoldina, era filha <strong>de</strong> Francisco I, primeiro<br />
imperador <strong>da</strong> Áustria, e foi educa<strong>da</strong> na língua germânica clássica<br />
própria dos elementos <strong>da</strong> corte austríaca.<br />
O governo imperial necessitava urgentemente formar<br />
suas milícias para combater e expulsar as forças portuguesas<br />
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