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oupa dela. O morto tem um triângulo no peito, ele foi enforcado[Expliquei<br />
como seria a cena e como deveria ser a maquiagem]. (8 a D, 21/10).<br />
A maquiagem realizada por João após minhas explicações pode ser observada nas Fotos<br />
58 e 59.<br />
Foto 58 − Corpo na mesa<br />
Foto 59 − Corpo no chão<br />
Fonte: Registro feito pela pesquisadora<br />
Fonte: Registro feito pela pesquisadora<br />
Discutimos um pouco sobre o local para trabalharmos e resolvemos ir para o pátio.<br />
Expliquei não apenas ao João, mas aos atores como seriam as cenas:<br />
Felipe: E pra sair essa tinta?<br />
Simone: É a base de água. Vamos lá tira a camiseta, presta atenção<br />
[expliquei a cena].<br />
Felipe: Matemática!<br />
Simone: Matemática pura. Vamos começar?<br />
Felipe: Vamos! (8 a D, 21/10).<br />
João começou a trabalhar demonstrando preocupação com os detalhes dos desenhos.<br />
Fotografei a sequência das cenas: a do rapaz morto com os policiais e, em seguida, a da<br />
mulher em cima da mesa. Dirigi cada cena explicando o que estaria acontecendo naquele<br />
momento, alguns gostavam de opinar em tudo, outros preferiram aguardar as direções, mas<br />
todos participaram.<br />
A função da direção é justamente esta: fazer com que as ideias se concretizem de forma<br />
que o público veja e perceba um sentimento, um movimento. É preciso transformar cada<br />
momento em um instante de grande expressão, fazendo com que o personagem tenha crédito,<br />
seja real. Mas há uma função do diretor que precisa ser destacada, é a de manter o grupo em<br />
um trabalho primordialmente de equipe. Para isso, o diálogo e o respeito apresentam-se<br />
novamente como pontos-chave de nossa pesquisa.<br />
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