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Esta foi uma oportunidade ímpar, permeada por conteúdos escolares, por amizades e,
principalmente, por muita diversão. Ela permitiu, para meu aprendizado enquanto
pesquisadora e educadora, não só um crescimento profissional único, mas também um
crescimento humano.
Entendo que esta pesquisa contribui para a prática de professores de Matemática, de
Artes e também de outras áreas de ensino, que atuam na escola e que desejam torná-la um
local de prazer além do aprendizado escolarizado. Espero que as discussões desenvolvidas
contribuam com docentes que busquem trabalhar a Matemática por meio da Arte, produzindo
a partir dela novas pesquisas, novas formas de ensinar e de aprender.
No entanto, como já ressaltei anteriormente, projetos como esse nem sempre são
possíveis dadas as condições de trabalho do professor, principalmente a excessiva carga
horária que não lhe permite ir além da cultura tradicional de aula de Matemática. Como
destacado, Luana tem um perfil de professora que se diferencia da maioria: é próxima dos
alunos, conhece suas histórias de vida e os acompanhou por um longo período escolar. Essa
relação de amizade foi fundamental para o envolvimento no trabalho proposto.
Dos muitos palcos em que já subi e vi a cortina se fechando sob os aplausos da plateia,
sinto saudades. Porém, este que acabei de visitar deixou, além da saudade, a certeza de que há
ainda muitos caminhos e palcos a serem explorados.
Concluo este texto com as palavras de Mário de Andrade (1989, p.171):
A arte é uma doença, é uma insatisfação humana e
o artista combate a doença fazendo mais arte, outra
arte. “Fazer outra arte” é a única receita para a
doença estética da imperfeição. O artista que não se
preocupa de fazer arte nova é um conformista,
tende a se academizar.
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