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conjuntamente em uma relação com base na igualdade, de modo a haver ajuda mútua a fim de<br />

atingir objetivos que beneficiem a todos, haverá, então, uma situação colaborativa.<br />

Conforme Boavida e Ponte (2002), colaborar representa uma forma particular de<br />

cooperar, pois envolve um trabalho realizado em conjunto, de modo que os sujeitos<br />

aprofundem o seu conhecimento. A colaboração implica em uma negociação, uma tomada<br />

conjunta de decisões, comunicação e aprendizagem em busca da promoção do diálogo.<br />

As palavras laborare (trabalhar) e operare (operar), acompanhadas do prefixo “co”,<br />

constituem os verbos colaborar e cooperar. Esses, embora sejam usados como sinônimos,<br />

apresentam uma diferença, encontrada nos termos trabalhar e operar.<br />

De acordo com os autores, operar é realizar uma operação, em muitos casos,<br />

relativamente simples e bem definida; é produzir determinado efeito; é funcionar ou fazer<br />

funcionar de acordo com um plano ou um sistema. Enquanto trabalhar é desenvolver uma<br />

atividade a fim de atingir determinados objetivos; é pensar, preparar, refletir, formar,<br />

empenhar-se. Assim, a realização de um trabalho em conjunto, a colaboração, requer uma<br />

maior dose de partilha e interação do que a simples realização conjunta de diversas operações, a<br />

cooperação.<br />

Desse modo, um trabalho colaborativo envolve a autoaprendizagem, além da<br />

aprendizagem acerca das relações humanas. Assim, a colaboração e a cooperação se tornam<br />

ações complementares, sendo que aquela pode ultrapassar os limites de uma organização e os<br />

muros da escola, levando essas ações para as famílias, os amigos, os clubes etc. Ibiapina (2008,<br />

p. 12) afirma que, na pesquisa em colaboração, o professor deixa de ser mero executor de<br />

práticas, “compartilhando com os pesquisadores a atividade de transformar as práticas, a escola<br />

e a sociedade, portanto, as pesquisas deixam de investigar sobre o professor e passam a<br />

investigar com o professor”.<br />

Outra razão da opção por essa escola se deve ao grupo de alunos estar concluindo o<br />

Ensino Fundamental II. Portanto, consideramos que teriam maiores condições de desenvolver<br />

um trabalho com a Fotonovela e a manifestação de um modo de pensar a Matemática escolar.<br />

A escolha pela 8ª série e, mais especificamente, por essas duas turmas, se deu por alguns<br />

motivos. O primeiro refere-se aos conteúdos relativos à Geometria, que devem ser trabalhados<br />

nessa série, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e com a Proposta<br />

Curricular do Estado de São Paulo. A segunda razão vincula-se à intenção da produção de<br />

histórias para uma Fotonovela e à colaboração e à responsabilidade presentes nessas turmas,<br />

tornando-as capazes de protagonizar um projeto, de acordo com a professora.<br />

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