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É importante ressaltar que o trabalho de direção sempre dependerá da disposição de
seus atores. Enquanto diretora, os alunos iam aprendendo como produzir as cenas, a FN. De
certa forma, espelhavam-se em algumas ações que eu realizava e as reproduziam.
Terminadas as fotos com o Felipe, logo vieram os pedidos para colocar no face. No
entanto, quando terminei essa sequência e o aluno já estava limpo, percebi que faltava uma
cena. Então, discutimos se pitávamo-lo de novo, sugeri fazer uma montagem, mas Felipe
prontamente falou: “pinta de novo”. Então, fizemo-lo de novo. Na sequência, iríamos
fotografar a cena na frente da casa com as vizinhas e os policiais (Foto 60).
Simone: Onde pode ser a frente da casa?
Bárbara: Aqui [na frente da escola].
Foto 60 − As vizinhas
Fonte: Registro feito pela pesquisadora
Em certo momento, Luana acreditou que os alunos estavam perdidos na história, que
eles não sabiam muito bem o que estava acontecendo. Isso se deu por nossa distância em
diversos momentos. Podemos ver sua preocupação na seguinte fala: “eles estão perdidos na
história, quando vai tirar as fotos eles não sabem, eles não conseguem enxergar o que está
acontecendo” (8 a D, 25/10).
Quando iniciamos as sessões de fotografia, muitas vezes saí da sala com os jovens,
portanto, ela não participou de parte das discussões. Ela se sentiu mais tranquila quando
expliquei a ela o trabalho que eu fazia antes de iniciar qualquer cena, sempre explicando aos
atores a cena que viria antes e a que viria depois, justamente para que eles se apropriassem da
situação.
Também para Luana aquilo tudo era uma novidade. Nesse sentido, reforçamos a
importância de uma parceria entre professores de diferentes áreas de conhecimento. Se em
vários momentos dependia do saber matemático que Luana poderia compartilhar na
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