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Foto 3 −Revista Fascinação n.14 Foto 4 −Revista Fascinação n.36
Fonte: Fascinação (1962). Fonte: Fascinação (1963).
Esclarecemos qual era a proposta do projeto, alguns demonstraram interesse, mas outros
nem tanto. Mobilizar esses meninos e meninas para um trabalho diferenciado exigiu de nós,
professoras, uma disposição extra. Houve uma preocupação em relação às notas: “isso vale
nota? Vou ganhar ponto? E em artes ganho nota?”. Esta foi uma inquietação inicial que não
apareceu após iniciarmos o trabalho, quanto mais os jovens se envolviam, menos preocupação
demonstravam com o sistema de trocas convencionado pela escola. Nesse sentido, Julia (2001,
p.10) afirma que: “A cultura escolar não pode ser estudada sem a análise precisa das relações
conflituosas ou pacíficas que ela mantém, a cada período de sua história, com o conjunto das
culturas que lhe são contemporâneas: cultura religiosa, cultura política ou cultura popular”.
Essa preocupação com as notas ou essa necessidade de troca por pontos ou vantagens foi
substituída pelo prazer da participação, pelo gosto de se sentir capaz de produzir e, assim, ser
parte atuante na própria educação e conhecimento. Não foi preciso negociação, Luana afirmou
que eles teriam pontos por participação, mas, apesar de ela dar os pontos prometidos, não
houve cobranças, pois, como já afirmamos, essa preocupação foi dissipada pelo envolvimento.
O procedimento de apresentação do projeto foi o mesmo nas duas turmas. Nessa
introdução, os alunos ficaram curiosos, como observamos neste diálogo:
Kátia: Onde você conseguiu esta revista?
Simone: Em um site que vende livros e revistas novos e usados, um “sebo
virtual”. (26/08, 8ª D).
Forneci o endereço do site e expliquei o que é um sebo.
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