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De acordo com Dayrell (2007, p.1126), “a construção de si é fundamental para dominar<br />

seu destino”. Portanto, concordando com o autor e acreditando na escola como um espaço<br />

privilegiado para a cultura escolar, um espaço social com seus ritmos, símbolos, linguagem e<br />

características próprias, ao levar a FN, que poderia ser considerada uma atividade extraclasse,<br />

para dentro da sala de aula adentramos a cultura escolar.<br />

A Arte apresentada aqui por meio da FN nos mostrou uma possibilidade do ensino da<br />

Geometria diferente do convencional, encontrado até então na literatura em Educação<br />

Matemática. Nessa visão tradicional, a Arte inerente à Geometria está nas medidas, nos<br />

padrões, na simetria, na proporção, nos espaços, nas formas, nas medidas etc., normalmente<br />

utilizadas nas Artes Plásticas. No caso desta pesquisa, a conexão foi estabelecida<br />

extrinsecamente.<br />

A relação entre a Matemática escolar e a Arte, uma fazendo sentido à outra, possibilitou<br />

espaço para a manifestação do pensamento. Percebemos que a Matemática ultrapassa o<br />

convencional entendimento de números e gráficos para criar momentos de reflexão sobre a<br />

aplicação do convencionado, buscamos, com isso, fazer Matemática por meio do diálogo e da<br />

colaboração.<br />

Ao rompermos com uma prática e uma cultura de aula de Matemática<br />

institucionalizada, os alunos puderam ser autores de sua aprendizagem, desviando da<br />

tradicional cultura da sala de aula, em que o professor apresenta o conteúdo de forma<br />

expositiva e passa listas de exercícios, o aluno copia e as notas são mais importantes que a<br />

participação e o aprendizado. Durante a pesquisa, os alunos se movimentaram livremente, iam<br />

até a lousa, resolviam os enigmas, discutiam-nos com os colegas e com a professora.<br />

Em um movimento de diálogo e colaboração percebemos os jovens se apropriando dos<br />

conteúdos propostos. Os discursos dos alunos demonstraram que aprenderam, o trabalho<br />

proporcionou, assim, algumas reflexões em relação à ética para esses jovens. Entendo esta<br />

como as possibilidades do querer, do poder e do dever: o quero aprender, o posso realizar um<br />

trabalho e aprender por meio dele e o devo, este, nos mais variados momentos, foi embasado<br />

no diálogo, na negociação, nos exemplos de respeito e amor.<br />

Foi possibilitado a esses jovens fazer escolhas, comparar, valorar, decidir, ser e estar.<br />

Tiveram, assim, a oportunidade de exercitarem sua ética.<br />

Evidenciamos o movimento dialógico e colaborativo dos estudantes durante a produção<br />

da FN. Houve momentos em que foi preciso negociação para resolução dos mais diversos<br />

problemas. Com isso, identificamos a produção do conhecimento matemático a partir das<br />

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