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4 PÕE NO FACE...ME ADICIONA! CULTURA DA ESCOLA E CULTURA DA
JUVENTUDE
Criar meu web site/ Fazer minha home-page/Com
quantos gigabytes/ Se faz uma jangada/ Um barco que
veleje.
(GIL, [1997])
Neste capítulo, abordamos a cultura escolar, a cultura juvenil e o espaço escolar,
buscando investigar qual Matemática se revela e faz sentido na perspectiva da Arte. Para essas
discussões, utilizamos as contribuições de teóricos como Barbosa (2007), Candau (2000),
Dayrell (2007), Dussel e Caruso (2003), Forquin (1999), Frago e Escolano (2001), Goodson
(2007), Julia (2001), Machado (2009), Sennett (2001),Silva e Souza (2003), dentre outros.
4.1 As fotos vão ser feitas na sala? O espaço da sala de aula: seu interior e seu exterior
Qualquer atividade humana precisa de um espaço e de
um tempo determinados. Assim acontece com o ensinar e
o aprender, com a educação. Resulta disso que a
educação possui uma dimensão espacial e que, também,
o espaço seja, junto com o tempo, um elemento básico,
constitutivo, da atividade educativa. (FRAGO; ESCOLANO,
2001, p.61).
Na dimensão espacial a que se referem os autores, destaco que todas as fotos para a FN
foram realizadas dentro do espaço escolar: salas de aula, corredores, pátio, salas da gestão,
biblioteca e calçada foram o palco para nosso trabalho. Tais cenários eram negociados:
João: Podemos fazer na praça [do outro lado da rua].
Bárbara: Não precisa aqui está bom [falando do espaço na entrada da
escola]. (8 a D, 21/10).
Nem sempre os alunos podem pensar em aprender na escola a partir do exterior da sala
de aula. De acordo com Escolano (2001, p. 45),
A arquitetura escolar pode ser vista como um programa educador, ou seja,
como um elemento do currículo invisível e silencioso, ainda que ela seja, por
si mesma, bem explícita e manifesta. A localização da escola e suas relações
com a ordem urbana das populações, o traçado arquitetônico do edifício,
seus elementos simbólicos próprios ou incorporados e a decoração exterior e
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