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provavelmente sozinhos não conseguiriam, precisavam de alguém que os auxiliasse nesse<br />

processo de motivação. Surgiu, então, o trabalho compartilhado e colaborativo.<br />

De acordo com Melo, Souza e Dayrell (2012), a juventude se constitui de acordo com a<br />

realidade sócio-histórica vivenciada pelo sujeito. Portanto, vai depender da sociedade, do<br />

grupo e da classe social, da etnia, dos valores, da religião, do espaço geográfico, aos quais<br />

esse jovem pertence. Assim, a juventude pode ser entendida como uma construção social.<br />

Os autores apontam alguns erros ao olharmos para o jovem, por exemplo, acreditar que<br />

a juventude tem prazo de duração ou é sinônimo de liberdade, prazer e comportamentos<br />

exóticos e é marcada pela irresponsabilidade. Percebemos, nesse tempo em que trabalhamos<br />

juntos, que esses jovens eram responsáveis, empenhados e alguns bastante maduros, já<br />

convictos de suas escolhas para o futuro.<br />

No dia 25 de novembro, tivemos uma conversa coletiva com a 8ª C. Nela percebemos o<br />

quanto esses jovens se apropriaram dos conteúdos propostos, em um movimento de diálogo e<br />

trabalho colaborativo.<br />

Simone: Hoje eu gostaria de ouvir o que vocês têm a dizer sobre nosso<br />

tempo juntos e sobre o nosso trabalho.<br />

Jéssica: Eu achei bacana, porque é uma coisa diferente, na escola a gente<br />

não tem isso, não tem atividade pra variar, e essa atividade o povo que fez<br />

curtiu fazer, todos se esforçaram. A gente tava com muita vontade de<br />

fazer...Super bacana.<br />

João: Foi legal, porque a gente podia se expressar.<br />

Giovana: Eu gostei, porque todo mundo participou um pouquinho.<br />

Simone: Por que vocês acham que fizemos isso na aula de Matemática?<br />

Jessica: Pra gente aprender.<br />

Simone: E o que vocês aprenderam?<br />

Jessica: Nós vimos o quadrado mágico, o Teorema de Pitágoras, as formas<br />

geométricas.<br />

Ítalo: A gente falou sobre ângulos.<br />

Leonardo: Plano cartesiano e triângulos.<br />

João: As letras gregas.<br />

Isabela: As possibilidades de ser a casa.<br />

Luana: Análise de possibilidades.<br />

João: Os enigmas que você passou pra gente resolver.<br />

Luana: Dentro da história, vocês conseguiram perceber alguma coisa de<br />

matemática, que a gente possa usar no dia a dia?<br />

Bruno: Medir alturas.<br />

Carol: Análise de possibilidades.<br />

Ítalo: Podemos fazer outro?(8ª C, 25/11).<br />

O que vale ressaltar é que vimos uma oportunidade de valorizar o jovem, de<br />

compreendê-lo em sua cultura, em sua dinâmica e nas especificidades próprias de sua<br />

realidade. Para Freire (2013, p.61),<br />

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