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De acordo com Ruotti, Alves e Cubas (2006), a constante presença da violência no<br />

ambiente escolar coloca em xeque a função primordial da escola.<br />

Assim, de instituição encarregada de socializar as novas gerações, a escola<br />

passa a ser vista como o ambiente que concentra conflitos e práticas de<br />

violência, situação essa que “passa pela reconstrução da complexidade das<br />

relações sociais que estão presentes no espaço social da escola” (Santos,<br />

2001:118). Estaríamos vivendo um período de crise da educação, ou seja, o<br />

papel da escola já não está tão claro e não há mais sentido para os alunos<br />

freqüentarem um espaço, percebido, muitas vezes, como desagradável e<br />

excludente. O que antigamente era visto como o trampolim para uma vida<br />

melhor, aumentando as oportunidades de trabalho e de qualidade de vida,<br />

perdeu-se no tempo e, hoje, os jovens vivem a desesperança em relação ao<br />

futuro e nesse contexto é que emerge a violência na escola. (RUOTTI;<br />

ALVES; CUBAS, 2006, p.26).<br />

A intenção neste trabalho foi, entre outros objetivos, tornar a escola um local em que os<br />

alunos tivessem o desejo e o prazer de participar. Buscamos por meio da FN fazer uma<br />

produção documental, compor algo que pudesse ser parte da produção cultural da escola. “A<br />

escola é espaço e lugar. Algo físico, material, mas também uma construção cultural que gera<br />

‘fluxos energéticos’. O espaço educa”. (FRAGO, 2001, p.77, grifos do autor).<br />

Nessa perspectiva de uma cultura material da escola, Julia (2001, p.15) afirma:<br />

A história das práticas culturais é, como efeito, a mais difícil de reconstruir<br />

porque ela não deixa traço: o que é evidente em um dado momento tem<br />

necessidade de ser dito ou escrito? Poderíamos pensar que tudo acontece de<br />

outra forma com a escola, pois estamos habituados a ver, nesta, o lugar por<br />

excelência da escrita. Ora, os exercícios escolares escritos foram pouco<br />

conservados: o descrédito que se atribui a este gênero de produção, assim<br />

como a obrigação em que periodicamente se acham os estabelecimentos<br />

escolares de ganhar espaço, levaram-nos a jogar no lixo 99% das produções<br />

escolares.<br />

Sabemos por nossa prática que os materiais produzidos pelos alunos não são guardados<br />

como documentos da escola. Suas produções, realizadas ao longo do ano letivo, são entregues<br />

a eles, que, dificilmente, as guardam, sendo inúmeros os motivos que levam a isso, desde a<br />

falta de espaço até a falta de valorização do próprio trabalho. Se o aluno não tem espaço para<br />

esses arquivos, quem dirá a instituição escolar?<br />

No entanto, com a tecnologia trabalhando a nosso favor foi possível arquivar este<br />

trabalho em diversas mídias, podendo assim documentá-lo na escola. O trabalho está impresso<br />

em papel, foi salvo em pen drive e circula no facebook, tendo sua própria página, além dos<br />

arquivos nas páginas dos alunos.<br />

arsenal de outras armas que vinham colecionando, os dois partem para a escola, onde serão protagonistas de uma<br />

grande tragédia.<br />

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