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Luana sempre esteve envolvida com a escola, seus projetos, campeonatos e gincanas.
Disse que o que tenta fazer nas escolas em que atua é resgatar essas atividades, que, segundo
ela, colaboram para que a criança goste da escola e valorize o espaço escolar. Ainda segundo
a professora, quando a criança gosta da escola, ela começa aceitar os desafios propostos.
Suas opções de cursos na faculdade variaram entre Pedagogia, Educação Física, Artes e
Matemática. Elas sempre estavam ligadas à educação, focadas na possibilidade de atuar em
sala de aula.
Ainda no 1º ano do Ensino Médio, quando iniciou, ministrando aulas particulares,
Luana teve contato com o livro didático de Luiz Márcio Imenes e Marcelo Lellis, o qual
achou ser totalmente diferente do que se conhecia na época. O conteúdo desse livro
apresentava uma linguagem inovadora, porém, difícil, mas isso a motivou a buscar novos
caminhos.
Portanto, mesmo contra os conselhos de sua mãe, optou pelo curso de Matemática. E
assim o fez, ingressou na Universidade São Francisco com vários questionamentos e um forte
desejo de mudança. Nessa época trabalhava durante o dia e estudava à noite. Sempre com o
objetivo de ser professora. Luana, ao mencioná-lo, corrobora a afirmação de Macedo e
Machado: “sem ilusões alguém não se torna – ou então não permanece – professor, uma vez
que não acredita na possibilidade de transformação das pessoas” (MACHADO, 2006, p.63).
No segundo ano da faculdade, Luana não estava satisfeita com o curso, pensou em
desistir ou ainda trocar a Matemática pela Pedagogia. No entanto, surgiu nesse momento a
oportunidade de ingressar no Programa Escola da Família, levando-a a terminar o curso que já
frequentava.
Nesse programa, ela ficou três anos, pois a bolsa para estudantes era integral,
participava às sextas-feiras, aos sábados e aos domingos. Os trabalhos eram realizados
seguindo os quatro eixos propostos: cultura, esporte, prevenção à saúde e geração de renda.
Iniciou trabalhando em Pinhalzinho, indo em seguida para Bragança Paulista, ambos
municípios do estado de São Paulo. Foi nesse programa que Luana começou a desenvolver
jogos com os alunos. A escola passou a ser seu laboratório, nela desenvolveu vários projetos
pedagógicos e três pesquisas de Iniciação Científica.
Nesse mesmo ano, 2003, teve seu primeiro contato com a professora que viria a ser sua
orientadora nas pesquisas de Iniciação Científica e, em seguida, no mestrado. Foi no convívio
com a professora Regina C. Grando que Luana se envolveu com a Educação Matemática. A
partir daí, entre conversas e orientações, fez sua primeira Iniciação Científica como voluntária
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