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Para Alrø e Skovsmose (2010), é possível distinguir vários tipos de erros na Educação
Matemática. O termo “erro” pode ser utilizado em um sentido mais amplo, tanto para indicar
um erro “de verdade” quanto para formas alternativas de conceituação. Um erro pode se
referir ao resultado de um algoritmo, ao algoritmo empregado, à sequência com que as ações
foram feitas, à interpretação do texto, à programação dos alunos. De acordo com Alrø e
Skovsmose (2010, p.22-23),
Embora esses erros sejam diferentes entre si, no momento da correção eles
são reduzidos a uma categoria absoluta: a de erro. E só há uma única coisa a
fazer: corrigi-los. O fenômeno caracterizado pelo tratamento uniforme de
todos os tipos de erro ocorridos em sala de aula como se fossem erros de
verdade nós denominamos absolutismo de sala de aula.
Para De La Torre (2007), o erro faz parte do currículo oculto e pode ser utilizado como
uma estratégia de inovação e mudança para aproximara teoria e a prática, para passar de um
enfoque de resultados para um de processos, de uma pedagogia do êxito para uma didática do
erro, de ensino de conteúdos para aprendizagem de processos. Assim, o erro se torna uma
estratégia a serviço da inovação educativa. Podendo ser utilizado como uma “ferramenta
conceitual da qual se necessita ante os conceitos específicos, como um veículo que encurta as
distâncias entre intenções e realizações” (DE LA TORRE, 2007, p. 10).
Luana fez uma explicação detalhada acerca das propriedades desses triângulos:
o triângulo é uma das formas geométricas mais importantes no estudo da
geometria e é bastante utilizado em construções. O triangulo é o polígono
com menor número de lados e a soma dos seus ângulos internos é igual a
180º. Triângulo equilátero tem três lados com a mesma medida, eles são
congruentes. Isósceles tem dois lados com a mesma medida e o escaleno tem
os três lados com medidas diferentes.(8ª D, 01/11).
Após as explicações de Luana, Nathália e o grupo já se sentiam mais tranquilos e
pudemos dar sequência ao trabalho.
Para Alrø e Skovsmose (2010), o momento em que professor e alunos chegam a um
consenso e os alunos percebem do que se trata a aula pode ser descrito em termos de
perspectivas compartilhadas entre ambos. Os alunos compreendem o ponto de vista proposto
pelo professor e este compreendeu o dos alunos. Uma aproximação constitui-se na busca de
uma perspectiva satisfatória, como observamos nestas falas:
Bárbara: Então é isso?
Simone: Isso mesmo, história com enigmas. (8ª D, 16/09).
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