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Nosso trabalho foi intenso, houve dias que fotografamos mais de dez cenas, isso<br />
significa que tiramos em média 150 fotos. Nos dias que fotografava com as duas turmas,<br />
cheguei a fazer cerca de 400 fotos nos vários ambientes/cenários da escola. Mas, em todos os<br />
momentos tivemos o tempo de parar para pensar, olhar, escutar etc.<br />
Concordando com Larrosa (2002), entendemos que a experiência se dá no contato com<br />
o outro, seja em um livro, em um quadro, ou, como neste caso, em um projeto coletivo.<br />
Temos um longo caminho a aprender, nós, adultos, precisamos nos permitir mais<br />
experiências, e nós, educadores, precisamos proporcionar às crianças momentos para que sua<br />
aprendizagem seja real e significativa, para que transformem suas aprendizagens em<br />
experiências. Como escreve Larrosa (2002, p.28),<br />
Assim a experiência já não seria o que nos acontece e o modo como lhe<br />
atribuímos ou não sentido, mas o modo como o mundo nos mostra sua cara<br />
legível, a série de regularidades a partir das quais podemos conhecer a<br />
verdade do que são as coisas e dominá-las.<br />
Nesse sentido que vislumbramos, neste projeto, a possibilidade de uma experiência<br />
autêntica de produção artística. Não se trata de “um teatrinho na escola”, ou mesmo “de uma<br />
história em quadrinhos” feita por professores que pouco dominam a produção artística.<br />
Almejamos colocar os alunos na experiência de uma produção artística próxima à que<br />
acontece profissionalmente. A FN não representa somente um instrumento motivacional para<br />
as aulas de Matemática, mas um instrumento de significação e negociação de sentidos na<br />
produção interdisciplinar.<br />
Já estávamos na reta final, faltavam algumas cenas alternadas, algumas fotos para<br />
completar a história. Por exemplo, a cena em que “Fidegaia” é preso.<br />
Leo precisou ser orientado, pois em meio às brincadeiras ele precisava fazer “cara de<br />
mau”, após uma conversa, ele se concentrou e foi possível seguir o trabalho mesmo com as<br />
brincadeiras dos colegas, como se vê na Foto 69.<br />
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