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historia da riqueza do homem

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104 HISTÓRIA DA RIQUEZA DO HOMEM<br />

V de na<strong>da</strong> menos de 143 mil florins; também ela fazia grandes<br />

investimentos em empresas comerciais, minas e terras. A Hochstetter,<br />

a Haug e a Imhof realizavam mais ou menos a mesma espécie<br />

de negócios comerciais e financeiros. Entre os financistas<br />

italianos desse perío<strong>do</strong>, os Frescobaldi, os Gualterotti e os<br />

Strozzi começavam a agigantar-se. Um ou <strong>do</strong>is séculos antes, os<br />

Peruzzi e os Medici haviam si<strong>do</strong> os nomes de importância. Uma<br />

<strong>da</strong>s melhores medi<strong>da</strong>s <strong>do</strong> tremen<strong>do</strong> aumento registra<strong>do</strong> na escala<br />

<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de financeira e comercial é a seguinte comparação<br />

<strong>da</strong>s fortunas dessas grandes famílias de banqueiros com a <strong>do</strong>s<br />

Fuggers:<br />

“1300 — os Peruzzis .......................... 800.000<br />

1440 — os Medicis .......................... 7.500.000<br />

1546 — os Fuggers ........................... 40.000.000” 108<br />

Antuérpia era o centro de to<strong>da</strong> essa ativi<strong>da</strong>de financeira e<br />

comercial. Quan<strong>do</strong> a corrente <strong>do</strong> comércio se deslocou <strong>do</strong> Mediterrâneo<br />

para o Atlântico, as outrora grandes ci<strong>da</strong>des italianas<br />

entraram em declínio e Antuérpia tomou seu lugar. Não era o<br />

tamanho que a tornava grande — tinha apenas uma população<br />

de cerca de 100 mil habitantes. Era sobretu<strong>do</strong> o fato de estar livre<br />

<strong>da</strong>s restrições de to<strong>da</strong> natureza. Enquanto as demais ci<strong>da</strong>des<br />

na I<strong>da</strong>de Média dificultavam aos merca<strong>do</strong>res estrangeiros a prática<br />

de negócios dentro de seus muros, Antuérpia os recebia de<br />

braços abertos. Era realmente um centro livre, de comércio internacional<br />

— to<strong>do</strong>s ali podiam comerciar e to<strong>do</strong>s comerciavam.<br />

Sua Municipali<strong>da</strong>de, onde merca<strong>do</strong>res, corretores e banqueiros<br />

se reuniam para efetuar seus negócios, tinha grava<strong>da</strong> em<br />

seus muros a seguinte epígrafe: “Para uso de merca<strong>do</strong>res de<br />

qualquer nacionali<strong>da</strong>de e idioma”. O convite foi aceito por merca<strong>do</strong>res<br />

de to<strong>da</strong> parte <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. O comércio de teci<strong>do</strong>s ingleses<br />

estava centraliza<strong>do</strong> em Antuérpia, e Antuérpia era também o<br />

merca<strong>do</strong> mais importante <strong>da</strong>s especiarias <strong>da</strong> Índia. Quan<strong>do</strong> os<br />

venezianos perderam o monopólio <strong>do</strong> comércio <strong>da</strong>s especiarias,<br />

perderam-no para os portugueses, e estes praticamente realizavam<br />

to<strong>do</strong>s os seus negócios através de Antuérpia. Aí se desenvolveu<br />

um hábito de tremen<strong>da</strong> importância — o que prova os<br />

passos gigantescos <strong>da</strong><strong>do</strong>s pela indústria e comércio. Trata-se <strong>da</strong><br />

108 C. J. Hayes, A Political and Social History of Modern Europe, 2<br />

vols., p. 66, nota. The Macmillan Company, N. York. Edição revista,<br />

1921

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