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historia da riqueza do homem

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DESISTIRÃO ELES DO AÇÚCAR? 313<br />

<strong>do</strong> capitalismo planeja<strong>do</strong> é o mesmo — a obtenção de lucros.<br />

Em uma economia de abundância, onde a produção ultrapassa o<br />

consumo, isso pode ser feito apenas através <strong>da</strong> eliminação <strong>do</strong>s<br />

excedentes. A produção de maior número de merca<strong>do</strong>rias para o<br />

consumo provocaria a baixa <strong>do</strong>s preços; a restrição <strong>da</strong> produção,<br />

ao contrário, eleva os preços e, assim, aumenta os lucros.<br />

Dessa forma, o planejamento capitalista seria um planejamento<br />

de escassez.<br />

E tanto isso é ver<strong>da</strong>de que Stolberg e Vinton encontram<br />

uma certa justificativa para o craque <strong>do</strong> New Deal: “Na<strong>da</strong> há<br />

que o New Deal tenha realiza<strong>do</strong> até agora que não pudesse ter<br />

si<strong>do</strong> feito, e melhor, por um terremoto. O pior <strong>do</strong>s terremotos,<br />

de costa a costa, restabeleceria a escassez com muito maior eficiência,<br />

e poria to<strong>do</strong>s os sobreviventes a trabalhar pela glória<br />

crescente <strong>do</strong>s Grandes Negócios — isso, muito mais rapi<strong>da</strong>mente<br />

e com menor rumor que o New Deal.” 364<br />

O planejamento capitalista tem ain<strong>da</strong> uma outra característica<br />

de relevo. É o planejamento retalha<strong>do</strong>.<br />

Quan<strong>do</strong> a Administração Nacional de Recuperação (NRA)<br />

operava em Washington, corria, à boca pequena, uma diverti<strong>da</strong><br />

— e construtiva — ane<strong>do</strong>ta sobre Oscar Ameringer, o astuto diretor<br />

<strong>do</strong> The American Guardian. Observa<strong>do</strong>r interessa<strong>do</strong> <strong>da</strong>s<br />

ativi<strong>da</strong>des matutinas no escritório de um <strong>do</strong>s mais importantes<br />

funcionários <strong>da</strong> NRA, constatou a afluência de uma torrente de<br />

industriais que faziam jorrar histórias de colapsos nos negócios;<br />

e ouviu os “planos” formula<strong>do</strong>s para <strong>da</strong>r novo alento ao cadáver.<br />

Depois de observar tu<strong>do</strong> em silêncio, durante horas, não<br />

mais se pôde conter. Dan<strong>do</strong> um salto, gritou ao funcionário encarrega<strong>do</strong><br />

<strong>do</strong> planejamento: “O <strong>do</strong>ente sofre de varíola e você<br />

está tratan<strong>do</strong> ca<strong>da</strong> ampola de per si!”<br />

Ameringer sentiu que se tornava necessário um planejamento<br />

compreensível de to<strong>da</strong> a economia nacional. Entretanto, viu<br />

que havia “um plano de auxílio à indústria mercantil”, “um plano<br />

de aju<strong>da</strong> aos fazendeiros”, um “plano para aumentar o poder<br />

aquisitivo <strong>do</strong>s operários”. Na<strong>da</strong> havia na América — ou em outro<br />

qualquer país — que se assemelhasse, de longe, ao Plano<br />

Russo, que conscienciosamente tentava ajustar as mil e uma ativi<strong>da</strong>des<br />

econômicas <strong>da</strong> nação num to<strong>do</strong> auto-suficiente.<br />

364 B. Stolberg e W. J. Vinton, The Economic Consequences of the<br />

New Deal, p. 85. Harcourt, Brace and Company, N. York, 1935.

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