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historia da riqueza do homem

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“HOMEM RICO...” 99<br />

co surpreende que os outros navios tenham empreendi<strong>do</strong> a<br />

mesma perigosa e lucrativa viagem. O comércio se intensificou<br />

aos saltos. Se Veneza comprava 420 mil libras de pimenta<br />

por ano ao sultão <strong>do</strong> Egito, agora um único navio, em sua viagem<br />

de regresso a Portugal, transportava um carregamento de<br />

200 mil libras! Não mais importava que a antiga rota para o<br />

Oriente tivesse si<strong>do</strong> conquista<strong>da</strong> pelos turcos; não mais importava<br />

que os venezianos cobrassem preços exorbitantes; o caminho<br />

para o Oriente, via Cabo <strong>da</strong> Boa Esperança, tornou os merca<strong>do</strong>res<br />

independentes <strong>da</strong> benevolência com que os turcos os<br />

tratavam e rompeu o monopólio veneziano.<br />

Modificou-se, então, a direção <strong>da</strong>s correntes de comércio.<br />

Se anteriormente a posição geográfica de Veneza e <strong>da</strong>s ci<strong>da</strong>des<br />

<strong>do</strong> Sul <strong>da</strong> Alemanha lhes proporcionava vantagens sobre os demais<br />

países situa<strong>do</strong>s mais a oeste, agora eram esse países <strong>da</strong><br />

costa atlântica que contavam com vantagens. Veneza e as ci<strong>da</strong>des<br />

que a ela se ligavam comercialmente passam, então, a ficar<br />

de fora <strong>da</strong> principal via de comércio. O que antes constituía estra<strong>da</strong><br />

principal agora não é senão um atalho. O Atlântico tornou-se<br />

a nova rota mais importante, e Portugal, Espanha, Holan<strong>da</strong>,<br />

Inglaterra e França ascenderam à eminência comercial.<br />

Por boas razões é este perío<strong>do</strong> <strong>da</strong> História chama<strong>do</strong> “Revolução<br />

Comercial”. O comércio que, como já vimos, crescia paulatinamente,<br />

passou a <strong>da</strong>r passos gigantescos. Não só o velho mun<strong>do</strong><br />

<strong>da</strong> Europa e regiões <strong>da</strong> Ásia se abriram aos comerciantes empreende<strong>do</strong>res,<br />

mas também os novos mun<strong>do</strong>s <strong>da</strong> América e África.<br />

Não mais se limitava o comércio aos rios e mares bloquea<strong>do</strong>s por<br />

terras, como o Mediterrâneo e o Báltico. Se, anteriormente, o termo<br />

“comércio internacional” queria apenas dizer comércio europeu<br />

com uma parte <strong>da</strong> Ásia, agora a expressão se aplicava a uma<br />

área muito mais extensa, abrangen<strong>do</strong> quatro continentes, ten<strong>do</strong><br />

rotas marítimas como estra<strong>da</strong>s. As descobertas iniciaram um perío<strong>do</strong><br />

de expansão sem par, em to<strong>da</strong> a vi<strong>da</strong> econômica <strong>da</strong> Europa<br />

ocidental. A expansão <strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s constituiu sempre um <strong>do</strong>s<br />

incentivos mais fortes à ativi<strong>da</strong>de econômica. A expansão <strong>do</strong>s<br />

merca<strong>do</strong>s, nessa época, foi maior <strong>do</strong> que nunca. Novas regiões<br />

com que comerciar, novos merca<strong>do</strong>s para os produtos de to<strong>do</strong>s os<br />

países, novas merca<strong>do</strong>rias a trazer de volta — tu<strong>do</strong> apresentava<br />

um caráter de contaminação e estímulo e anunciou um perío<strong>do</strong> de<br />

intensa ativi<strong>da</strong>de comercial, de descobertas posteriores, exploração<br />

e expansão.

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