13.04.2013 Views

historia da riqueza do homem

historia da riqueza do homem

historia da riqueza do homem

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

302 HISTÓRIA DA RIQUEZA DO HOMEM<br />

A Gosplan decidiu o que devia entrar na U.R.S.S. procedente<br />

de outros países, e o que dela sairia para esses países. Se as<br />

fazen<strong>da</strong>s coletivas comprassem máquinas agrícolas <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s<br />

Uni<strong>do</strong>s, se a indústria elétrica conseguisse seu equipamento <strong>da</strong><br />

Alemanha, se as tecelagens de algodão comprassem máquinas<br />

na Inglaterra, então tu<strong>do</strong> ficaria de pernas para o ar. A Gosplan<br />

tinha um plano de produção, e o comércio externo era parte integral<br />

desse plano. Não poderia ficar a cargo de grupos individuais,<br />

ca<strong>da</strong> qual compran<strong>do</strong> o que precisasse e venden<strong>do</strong> o que<br />

pudesse, sem levar em conta as necessi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> economia nacional.<br />

Portanto, tal como o controle <strong>do</strong>s bancos, ferrovias e<br />

meios de produção em geral estão compreendi<strong>do</strong>s pelo plano,<br />

também o Esta<strong>do</strong> monopoliza o comércio exterior.<br />

É interessante que Babeuf, em seus planos de um Esta<strong>do</strong> comunista,<br />

formula<strong>do</strong>s na época <strong>da</strong> Revolução Francesa, viu a necessi<strong>da</strong>de<br />

<strong>do</strong> monopólio estatal <strong>do</strong> comércio externo: “To<strong>do</strong> o<br />

comércio particular com países estrangeiros é proibi<strong>do</strong>; as merca<strong>do</strong>rias<br />

que entrarem dessa forma no país serão confisca<strong>da</strong>s em<br />

benefício <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de nacional... ...A república adquirirá<br />

para a comuni<strong>da</strong>de nacional os objetos de que necessita trocan<strong>do</strong><br />

seus produtos excedentes peles de outras nações.” 354<br />

No entanto, mesmo ten<strong>do</strong> o monopólio <strong>do</strong> comércio externo<br />

como parte fun<strong>da</strong>mental de sua economia socialista planifica<strong>da</strong>,<br />

o governo <strong>da</strong> U.R.S.S. não determina totalmente o tipo e o volume<br />

de suas importações e exportações. Nem poderá, enquanto<br />

tiver negócios com países de sistemas econômicos não-planifica<strong>do</strong>s.<br />

Os russos podem controlar o que acontece em seu mun<strong>do</strong>,<br />

mas não podem controlar o que ocorre no resto <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>.<br />

Isso se evidenciou durante o primeiro plano qüinqüenal.<br />

A Gosplan decidira comprar certas máquinas no exterior.<br />

Encomen<strong>do</strong>u-as aos preços <strong>do</strong> momento, e separou parte <strong>da</strong> produção<br />

interna de exportação para pagamento dessas máquinas.<br />

Muito bem. Assinaram os contratos <strong>do</strong> que queriam e previram<br />

os meios de pagamento. Tu<strong>do</strong> parecia em ordem.<br />

Mas enquanto os contratos se estavam processan<strong>do</strong>, ocorreu<br />

a crise de 1929 nos países capitalistas. Isso significou que os<br />

preços <strong>do</strong>s produtos exporta<strong>do</strong>s pela Rússia caíram catastrofica-<br />

354 E. Belfort Bax, The Last Episode of the French Revolution Being a<br />

History of Bracchus, Bafeuf and the Conspiracy of Equals, Grant<br />

Richards, Londres, 1911, p. 132.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!