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historia da riqueza do homem

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234 HISTÓRIA DA RIQUEZA DO HOMEM<br />

se compreende por essa soma difere segun<strong>do</strong> a época e o local.<br />

(Por exemplo, difere hoje nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s e na China.) O<br />

trabalha<strong>do</strong>r recebe salários em troca de sua capaci<strong>da</strong>de de trabalho.<br />

Esse salário tenderá sempre a ser igual à soma de dinheiro<br />

que lhe adquirirá to<strong>do</strong> o necessário para a reprodução <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de<br />

de trabalho, tanto em si como em seus filhos.<br />

Marx assim apresenta a questão: “O valor <strong>da</strong> força de trabalho<br />

é o valor <strong>do</strong>s meios de subsistência necessários à manutenção<br />

<strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r... ...Seus meios de subsistência... ...devem<br />

ser suficientes para mantê-lo num esta<strong>do</strong> normal de indivíduo<br />

trabalha<strong>do</strong>r. Suas necessi<strong>da</strong>des naturais, como alimento, roupas,<br />

combustível, abrigo, variam segun<strong>do</strong> o clima e outras<br />

condições físicas de seu país. Por outro la<strong>do</strong>, o número e extensão<br />

<strong>da</strong>s chama<strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong>des fun<strong>da</strong>mentais são em si<br />

produto <strong>da</strong> evolução histórica, e dependem, portanto, em grande<br />

parte, <strong>do</strong> grau de civilização de um país... ...<strong>do</strong>s hábitos e<br />

graus de conforto em que se formou a classe <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res<br />

livres...<br />

“O <strong>do</strong>no <strong>da</strong> força de trabalho é mortal... ...A força de trabalho<br />

que, pelo desgaste e pela morte, deixa o merca<strong>do</strong>, deve ser<br />

continuamente substituí<strong>da</strong>, no mínimo, por um volume correspondente<br />

de nova força de trabalho. Portanto, a soma <strong>do</strong>s meios<br />

de subsistência necessários à produção <strong>da</strong> força de trabalho<br />

deve incluir os meios necessários à substituição <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r<br />

— isto é, aos seus filhos — a fim de que essa raça de <strong>do</strong>nos de<br />

uma merca<strong>do</strong>ria peculiar possa perpetuar-se no merca<strong>do</strong>.” 270<br />

Isso significa simplesmente que o operário receberá, em troca<br />

de sua capaci<strong>da</strong>de de trabalho, salários que serão apenas suficientes<br />

para mantê-lo, e à sua família, vivos, com um pouco<br />

mais (em alguns países) para comprar um rádio, um carro, ou<br />

uma entra<strong>da</strong> de cinema, ocasionalmente.<br />

Observe-se que no trecho acima Marx se refere a “essa raça<br />

de <strong>do</strong>nos de uma merca<strong>do</strong>ria peculiar”. O que há de peculiar na<br />

merca<strong>do</strong>ria <strong>do</strong> trabalho, a força de trabalho? É peculiar por que,<br />

ao contrário de to<strong>da</strong>s as outras merca<strong>do</strong>rias, pode criar um valor<br />

superior ao que encerra. Quan<strong>do</strong> o trabalha<strong>do</strong>r se aluga,<br />

vende sua força de trabalho não apenas pelo tempo que leva<br />

para produzir o valor de seus salários, mas pela extensão de<br />

to<strong>do</strong> um dia de trabalho. Se o dia de trabalho for de 10 horas, e<br />

270 Ibid

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