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historia da riqueza do homem

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“HOMEM RICO...” 105<br />

ven<strong>da</strong> feita através de amostras de merca<strong>do</strong>rias padroniza<strong>da</strong>s e<br />

reconheci<strong>da</strong>s. Em vez de ter à mão to<strong>da</strong> a merca<strong>do</strong>ria, para passá-la<br />

ao compra<strong>do</strong>r, o tipo moderno de corretor e agente entrou<br />

em cena. Vendia suas merca<strong>do</strong>rias através de uma amostra-padrão.<br />

As feiras, que deviam sua importância principalmente à<br />

suspensão temporária <strong>da</strong>s costumeiras restrições ao comércio,<br />

receberam o golpe de morte de um merca<strong>do</strong> que era sempre livre.<br />

O antigo merca<strong>do</strong> fora supera<strong>do</strong> pelo intercâmbio em bases<br />

modernas.<br />

E como Antuérpia era de tão grande importância comercial,<br />

tornou-se também o centro financeiro principal. Aí as grandes<br />

casas bancárias alemãs e italianas tinham seus depósitos principais,<br />

e as transações com dinheiro passaram a ser mais importantes<br />

<strong>do</strong> que o ver<strong>da</strong>deiro comércio. Foi por essa época, em<br />

Antuérpia, que o moderno instrumental de finanças entrou em<br />

uso diário. Os banqueiros inventavam formas e meios de efetuar<br />

pagamentos para que o intercâmbio de merca<strong>do</strong>rias se fizesse<br />

fácil e rápi<strong>do</strong>. Quan<strong>do</strong> o merca<strong>do</strong>r de um país, a Inglaterra, por<br />

exemplo, compra merca<strong>do</strong>rias de um merca<strong>do</strong>r de um país distante,<br />

digamos a Itália, como pagá-las? Enviará o inglês ouro ou<br />

prata ao italiano? É perigoso e caro. Algum sistema de crédito<br />

devia ser concedi<strong>do</strong> para tornar desnecessários tais embarques<br />

de ouro. Assim, concor<strong>da</strong>va-se em.que o inglês, em pagamento<br />

de sua dívi<strong>da</strong> ao italiano, lhe entregasse um pe<strong>da</strong>ço de papel estipulan<strong>do</strong><br />

a quantia devi<strong>da</strong> pelas merca<strong>do</strong>rias compra<strong>da</strong>s. Ou<br />

ain<strong>da</strong>, numa outra transação, talvez algum merca<strong>do</strong>r italiano devesse<br />

dinheiro a um merca<strong>do</strong>r inglês por merca<strong>do</strong>rias pelas<br />

quais igualmente enviara ao merca<strong>do</strong>r inglês um pe<strong>da</strong>ço de papel<br />

acusan<strong>do</strong> o débito. Com uma câmara de compensação central<br />

os <strong>do</strong>is débitos seriam cancela<strong>do</strong>s — sem que qualquer<br />

quantia tivesse si<strong>do</strong> envia<strong>da</strong> a longas distâncias, quer <strong>da</strong> Inglaterra<br />

para a Itália, ou <strong>da</strong> Itália para a Inglaterra. Tal sistema foi<br />

projeta<strong>do</strong> séculos atrás. Assim o descreve um escritor <strong>do</strong> século<br />

XVI: “Quanto aos pagamentos <strong>do</strong>s menciona<strong>do</strong>s países, entre<br />

os merca<strong>do</strong>res de Lyons [ centro financeiro semelhante a Antuérpia]<br />

e outros países e ci<strong>da</strong>des, a maioria se faz através de <strong>do</strong>cumentos,<br />

isto é: de um la<strong>do</strong> você me deve, de outro la<strong>do</strong> eu<br />

devo a você; cancelamos as dívi<strong>da</strong>s e nos proporcionamos com-

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