historia da riqueza do homem
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252 HISTÓRIA DA RIQUEZA DO HOMEM<br />
ser qualquer um <strong>do</strong>s 100.000 carros. Na explicação teórica <strong>da</strong><br />
forma pela qual o merca<strong>do</strong> funciona, e <strong>da</strong> forma pela qual o preço<br />
<strong>do</strong> merca<strong>do</strong> é estabeleci<strong>do</strong>, ele é o <strong>homem</strong> que representa a<br />
procura marginal. Se o preço fosse maior, poderia comprar outras<br />
coisas com seu dinheiro, e que lhe proporcionariam maior<br />
satisfação. Se o preço fosse mais baixo, um número maior de<br />
compra<strong>do</strong>res surgiria, e a oferta; seria insuficiente. O fabricante<br />
elevaria o preço até excluir <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> os que estivessem dispostos<br />
a pagar apenas o preço mais baixo.<br />
Passemos ao la<strong>do</strong> oposto, e comecemos a explicação <strong>do</strong><br />
la<strong>do</strong> <strong>da</strong> procura. Digamos que há 1.000 pessoas dispostas a pagar<br />
$1.000 por uma geladeira, outras mil dispostas a pagar apenas<br />
$750. Temos então 2.000 pessoas prontas a pagar pelo menos<br />
$750. E assim vamos descen<strong>do</strong> na escala (atingin<strong>do</strong> pessoas<br />
que têm ca<strong>da</strong> vez menos dinheiro) até chegarmos aos 5 milhões<br />
de pessoas prontas a pagar pelo menos $50. A questão é saber:<br />
quantas podem comprar uma geladeira e o que custará ela? (Suponhamos,<br />
para facilitar, que há apenas um tipo de geladeira.)<br />
Isso depende de considerar o fabricante que vale a pena produzir<br />
5 milhões de uni<strong>da</strong>des àquele preço. Se, mesmo com a produção<br />
em massa, uma geladeira lhe custa mais de $50, é evidente<br />
que ele não as fabricará, ou, se lhe proporcionar um lucro demasia<strong>do</strong><br />
reduzi<strong>do</strong>, procurará outro negócio em que empatar o<br />
capital, com maiores lucros. Então, não serão produzi<strong>do</strong>s os 5<br />
milhões de refrigera<strong>do</strong>res. O fabricante tem um uso marginal de<br />
seu capital, exatamente como o consumi<strong>do</strong>r tem um uso marginal<br />
para seu dinheiro. Não o empregará em refrigera<strong>do</strong>res, se<br />
puder ter lucros maiores noutra coisa, Só empregará no fabrico<br />
de refrigera<strong>do</strong>res a soma de capital compensa<strong>do</strong>ra — se empregar<br />
menos, estará perden<strong>do</strong> uma boa oportuni<strong>da</strong>de (e a existência<br />
dessa oportuni<strong>da</strong>de dentro em pouco atrairá mais capital em<br />
busca de lucros), e, se colocar mais, a indústria estará “supercapitaliza<strong>da</strong>”,<br />
e não <strong>da</strong>rá dividen<strong>do</strong>s. Verifica que há 3 milhões de<br />
pessoas dispostas a pagar $150 por uma geladeira, e que isso<br />
lhe proporciona o lucro justo, e não pode ganhar mais investin<strong>do</strong><br />
noutro ramo e que se produzisse mais o preço cairia e seus<br />
lucros também — e que o capital se afastaria <strong>da</strong>quela indústria.<br />
Tu<strong>do</strong> isso parece muito complica<strong>do</strong> — e é. Mas a idéia geral<br />
<strong>da</strong> “utili<strong>da</strong>de marginal” é muito simples, e podemos ver<br />
ilustração diariamente, à nossa volta. O total de satisfação que<br />
conseguimos de um artigo depende <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong>de que já possuímos.<br />
Quanto maior esta, tanto menor a satisfação. Suponha-