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historia da riqueza do homem

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“A SEMENTE QUE SEMEAIS, OUTRO COLHE...” 201<br />

tir que esse mal existe em proporções alarmantes, não podemos<br />

negar que surgiu de circunstâncias provoca<strong>da</strong>s pela miséria sem<br />

paralelo. A perseverança desses miseráveis em suas atitudes<br />

mostra que apenas a carência absoluta poderia ter leva<strong>do</strong> um<br />

grupo de pessoas, antes honestas e industriosas, a cometer excessos<br />

tão prejudiciais a si, a suas famílias e à<br />

comuni<strong>da</strong>de... ...Na ingenui<strong>da</strong>de de seus corações acreditaram<br />

que a manutenção e o bem-estar <strong>do</strong>s pobres industriosos eram<br />

questões mais importantes <strong>do</strong> que o enriquecimento de algumas<br />

pessoas por quaisquer melhoramentos nos instrumentos <strong>do</strong> comércio,<br />

que lançavam os trabalha<strong>do</strong>res no desemprego e tornavam<br />

desnecessário o seu uso...<br />

“Chamais a esses homens de hor<strong>da</strong>, desespera<strong>da</strong>, perigosa e<br />

ignorante Estaremos conscientes de nossas obrigações para com<br />

essa hor<strong>da</strong>? É a hor<strong>da</strong> que trabalha nossos campos, serve em<br />

nossas casas — que constitui vossa marinha e vosso exército,<br />

que vos permitiu desafiar a to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong> e pode também desafiar-vos,<br />

quan<strong>do</strong> a negligência e a calami<strong>da</strong>de a tiverem leva<strong>do</strong><br />

ao desespero.” 226<br />

O nome <strong>do</strong> <strong>homem</strong> que fez esse discurso, a 27 de fevereiro<br />

de 1812, é conheci<strong>do</strong> <strong>do</strong>s leitores. Foi Lord Byron.<br />

Destruir máquinas não era um plano bom. Mesmo que tivesse<br />

êxito, não teria resolvi<strong>do</strong> os problemas <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res. Investiam<br />

contra um objetivo erra<strong>do</strong>. A máquina não era a causa<br />

de seus males — mas sim o <strong>do</strong>no dela que, embora sem a mesma<br />

ostensivi<strong>da</strong>de <strong>do</strong> latifundiário que fechava sua terra, mas com<br />

igual eficiência, os estava afastan<strong>do</strong> <strong>do</strong>s meios de produção.<br />

Os trabalha<strong>do</strong>res verificaram logo que a destruição <strong>da</strong>s máquinas<br />

não era a solução. Tentaram outros méto<strong>do</strong>s. Eis, por exemplo,<br />

a petição de um grupo humilde, que se assinavas “Tecelões<br />

Pobres”. Foi endereça<strong>da</strong> a seus emprega<strong>do</strong>res em Oldham, Inglaterra,<br />

em 18l8 “Nós, os tecelões desta ci<strong>da</strong>de e vizinhanças, respeitosamente<br />

pedimos vossa atenção para a difícil situação que<br />

há muito estamos viven<strong>do</strong>, devi<strong>do</strong> à extrema depressão de nossos<br />

salários, e vos pedimos que convoqueis uma reunião entre vós<br />

para ver se não pode haver uma solução para aliviar nosso sofrimento<br />

com um aumento <strong>do</strong>s salários, que bem sabeis não são suficientes<br />

nem para comprar as coisas necessárias à vi<strong>da</strong>. Somos de<br />

226 Ibid, pp. 71-72, 75.<br />

227 J. L. e B. Hammond, The Skilled Labourer, 1760-1932. Longmann,<br />

Green and Co., Londres, 1919, p. 110.

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