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historia da riqueza do homem

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A RÚSSIA TEM UM PLANO 291<br />

Em sua última frase, Duranty tocou o ponto essencial <strong>do</strong><br />

programa soviético. As palavras-chaves são “coletivo” ao invés<br />

de “individual”. Era de esperar que uma <strong>da</strong>s primeiras<br />

medi<strong>da</strong>s toma<strong>da</strong>s pelos adeptas de Karl Marx em sua construção<br />

<strong>da</strong> ordem socialista fosse a abolição <strong>da</strong> proprie<strong>da</strong>de priva<strong>da</strong> <strong>do</strong>s<br />

meios de produção. Foi exatamente o que aconteceu. Na<br />

U.R.S.S. a terra, fábricas, minas, usinas, máquinas, bancos, ferrovias<br />

etc., deixaram de ser proprie<strong>da</strong>de de particulares. Praticamente<br />

to<strong>do</strong>s esses meios de produção e distribuição estão nas<br />

mãos <strong>do</strong> governo, ou de órgãos nomea<strong>do</strong>s ou aprova<strong>do</strong>s pelo<br />

governo, e por este controla<strong>do</strong>s.<br />

Isso é fun<strong>da</strong>mental!<br />

Para compreender seu ver<strong>da</strong>deiro significa<strong>do</strong>, devemos contrastar<br />

o fato com a socie<strong>da</strong>de capitalista. Isso significa, segun<strong>do</strong><br />

os russos, que nenhum <strong>homem</strong> pode explorar outro — A não<br />

pode aproveitar-se <strong>do</strong> trabalho de B. Significa não ser possível a<br />

ninguém subir a esca<strong>da</strong> <strong>da</strong> acumulação de dinheiro nas costas<br />

de “seus” trabalha<strong>do</strong>res. Significa já não ser possível para um<br />

fabricante de automóveis anunciar nos jornais, um dia, que<br />

quem realmente desejar um emprego poderá tê-lo, e em segui<strong>da</strong><br />

fechar a fábrica e deixar 75.000 operários desemprega<strong>do</strong>s. Não<br />

poderá fazer isso porque as fábricas já não serão suas — pertencem<br />

a to<strong>do</strong> o povo, coletivamente. Significa, dizem os russos,<br />

que as divisões de classes desaparecem — os extremos <strong>do</strong> proprietário<br />

e <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r, <strong>do</strong> capitalista e <strong>do</strong> proletaria<strong>do</strong>, <strong>do</strong><br />

rico e <strong>do</strong> pobre, acabaram. Os “expropria<strong>do</strong>res são expropria<strong>do</strong>s”<br />

Num telegrama especial para o New York Times, a 22 de<br />

abril de 1936, Harold Denny, correspondente em Moscou, relatava<br />

essa orgulhosa pretensão <strong>do</strong>s comunistas:<br />

RUSSOS SAÚDAM O FIM DAS CLASSES<br />

SOCIAIS<br />

Atingi<strong>do</strong> em Grande Parte o Primeiro Objetivo Soviético,<br />

Diz Andreieff aos Jovens Comunistas<br />

A Meta <strong>da</strong> Produção se Aproxima

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