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historia da riqueza do homem

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304 HISTÓRIA DA RIQUEZA DO HOMEM<br />

desvio sério <strong>do</strong> plano num ponto exige medi<strong>da</strong>s coordena<strong>da</strong>s<br />

em outro ponto.” 355<br />

Há o perigo, e o remédio. Os planifica<strong>do</strong>res devem ter uma<br />

reserva com a qual amortecer o golpe, quan<strong>do</strong> este ocorrer. Devem<br />

prever os acidentes. Devem levantar estatísticas que mostrem<br />

as variações <strong>do</strong> passa<strong>do</strong>, e devem, à base dessa informação,<br />

supor o que provavelmente ocorrerá. Mas isso não basta.<br />

Devem estar prepara<strong>do</strong>s, no caso de que o provável não aconteça,<br />

a tomar “medi<strong>da</strong>s de coordenação”.<br />

Elas são fáceis — no papel. Mas a coordenação na reali<strong>da</strong>de<br />

é difícil, e os russos pagaram repeti<strong>da</strong>s vezes o preço <strong>da</strong> falta<br />

dela, Os Webbs citam um exemplo: “Na inauguração, muito<br />

anuncia<strong>da</strong>, <strong>da</strong> fábrica [de automóveis, em Gorki] a 10 de maio<br />

de 1932, to<strong>do</strong> o empreendimento, de súbito, enguiçou! Os enormes<br />

edifícios copia<strong>do</strong>s <strong>da</strong> Ford em Detroit estavam cheios de<br />

máquinas caras. Dezenas de milhares de operários haviam si<strong>do</strong><br />

reuni<strong>do</strong>s e coloca<strong>do</strong>s nas folhas de pagamento; mas a correia<br />

transporta<strong>do</strong>ra recusava-se a mover-se. A base em que fora assenta<strong>da</strong><br />

havia rompi<strong>do</strong> em vários lugares, devi<strong>do</strong> aos alicerces<br />

insuficientes. E mesmo que a correia movediça funcionasse,<br />

não havia estoque completo <strong>da</strong>s várias séries de componentes<br />

que têm de ser monta<strong>do</strong>s sucessivamente, um por um, à medi<strong>da</strong><br />

que ela vai an<strong>da</strong>n<strong>do</strong>.” 356<br />

Eis aí um exemplo <strong>da</strong> ineficiência, de falta de direção e coordenação.<br />

Mas será justo culpar disso a planificação nacional?<br />

Não seria melhor atribuí-lo à inexperiência <strong>do</strong>s russos na indústria?<br />

Os Webbs esclarecem que a lição foi devi<strong>da</strong>mente aprendi<strong>da</strong><br />

e que novas fábricas na Rússia funcionaram perfeitamente no<br />

dia <strong>da</strong> inauguração. Se o planejamento nacional chegasse aos<br />

Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, é lícito supor que não haveria falta de capaci<strong>da</strong>de<br />

de coordenação. Que ela já existe em grande parte se evidencia<br />

na afirmação, feita pelos diretores de Fortune, de que<br />

duas apenas <strong>da</strong>s companhias de aço de proprie<strong>da</strong>de <strong>da</strong> U. S.<br />

Stee Corporation “podem fabricar tanto aço quanto a Inglaterra<br />

e Alemanha produziram juntas em 1934”. 357 Evidentemente,<br />

isso não poderia ser feito se não houvesse na U. S. Steel Corporation<br />

capaci<strong>da</strong>de de coordenação correspondente aos mais difí-<br />

355 Socialist Planned Economy, op. cit., pp. 46-47<br />

356 Webbs, op. cit., vol. II, p. 768<br />

357 Fortune, março de 1936, p. 200

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