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historia da riqueza do homem

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DESISTIRÃO ELES DO AÇÚCAR? 315<br />

ples: a proprie<strong>da</strong>de priva<strong>da</strong>, o lucro individual Há <strong>do</strong>nos de terra<br />

que ganham dinheiro com o aluguel <strong>da</strong>s favelas; há outros<br />

cujas ren<strong>da</strong>s baixariam se casas novas e melhores fossem construí<strong>da</strong>s<br />

para os ocupantes <strong>da</strong>s favelas. Por isso, a erradicação<br />

<strong>da</strong>s favelas não se faz. Ou quan<strong>do</strong> se faz, é de forma incompleta,<br />

hesitante. Dessa forma, o benefício <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong>de é prejudica<strong>do</strong><br />

pelos interesses <strong>da</strong> proprie<strong>da</strong>de priva<strong>da</strong>.<br />

Como é diferente na economia planifica<strong>da</strong> <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de socialista:<br />

Os planifica<strong>do</strong>res têm à sua frente um mapa <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de.<br />

Uma parte está marca<strong>da</strong> — as favelas, onde o povo vive em<br />

condições miseráveis. O que fazer? As favelas devem ser destrui<strong>da</strong>s.<br />

O.K. Abaixo as favelas! O trabalho se inicia imediatamente.<br />

Quan<strong>do</strong> a proprie<strong>da</strong>de priva<strong>da</strong> não barra o caminho, a<br />

ação pode ser toma<strong>da</strong> tão logo a necessi<strong>da</strong>de seja constata<strong>da</strong> e<br />

concluí<strong>do</strong>s os planos.<br />

Quan<strong>do</strong> a proprie<strong>da</strong>de priva<strong>da</strong> fecha o caminho, então seu<br />

interesse é considera<strong>do</strong> em primeiro lugar, e o interesse nacional<br />

pode ficar para trás. O Times de Londres deplorou tal situação<br />

num editorial publica<strong>do</strong> a 28 de agosto de 1935. Preocupava-se<br />

o jornal com o fato de que a indústria manufatora se estivesse<br />

mu<strong>da</strong>n<strong>do</strong> <strong>do</strong> Norte <strong>da</strong> Inglaterra, onde eram muitos os desemprega<strong>do</strong>s<br />

em busca de trabalho, para o Sul, onde as “belezas<br />

rurais” seriam prejudica<strong>da</strong>s pela implantação de novas fábricas<br />

“nos campos, fazen<strong>da</strong>s e bosques”. Eis o lamento <strong>do</strong> Times:<br />

“Não há uma orientação unifica<strong>do</strong>ra para estabelecer onde jaz o<br />

interesse nacional fun<strong>da</strong>mental, embora vela<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong> lugares<br />

e populações industriais são relega<strong>do</strong>s à desolação econômica,<br />

ao passo que outros .lugares e populações são enriqueci<strong>do</strong>s e<br />

aumenta<strong>do</strong>s pela nova industrialização...<br />

“Se o gênio inventivo tornasse possível o desenvolvimento<br />

de uma nova indústria capaz de empregar um grande número de<br />

homens e não se prender à locali<strong>da</strong>de pelas condições de produção,<br />

então seria socialmente vantajoso para a indústria localizarse<br />

em áreas de depressão. As vantagens sociais, porém, podem<br />

não pesar para os que de fato decidem onde a indústria se deve<br />

estabelecer.” 366<br />

Eis a questão. Em to<strong>da</strong> parte, o que é bom para a comuni<strong>da</strong>de<br />

pode ser prejudicial aos interesses <strong>da</strong> proprie<strong>da</strong>de priva<strong>da</strong>.<br />

Para algumas pessoas, isso não importa. Argumentam que as<br />

366 Times, de Londres, 28 de agosto de 1935 (O grifo é meu.).

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