historia da riqueza do homem
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“OURO GRANDEZA E GLÓRIA” 133<br />
O negócio, portanto, era exportar merca<strong>do</strong>rias de valor, e<br />
importar apenas o que fosse necessário, receben<strong>do</strong> o sal<strong>do</strong> em dinheiro<br />
sonante. Isso significa estimular a indústria por to<strong>do</strong>s os<br />
meios possíveis, porque seus produtos valiam mais que os <strong>da</strong><br />
agricultura, e portanto obteriam mais dinheiro nos merca<strong>do</strong>s estrangeiros.<br />
E o que era também importante, ter indústria produzin<strong>do</strong><br />
as coisas de que o povo necessitava significava não ser<br />
necessário comprá-las <strong>do</strong> estrangeiro. Era um passo na direção<br />
<strong>da</strong> balança de comércio favorável, bem como no senti<strong>do</strong> de tornar<br />
o país auto-suficiente, independente de outros países.<br />
Os países começaram, portanto, a se ocupar <strong>do</strong> importante<br />
problema de qual a melhor forma de aju<strong>da</strong>r as velhas indústrias<br />
a prosperarem e estimular a organização de novas. Na Baviera<br />
de Maximiliano I, em 1616, foi nomea<strong>da</strong> uma comissão especial<br />
para examinar a questão: “Resolve-se que pessoas especiais<br />
sejam nomea<strong>da</strong>s, que em dias fixos <strong>da</strong> semana se reunirão para<br />
diligentemente discutir e deliberar... ...os meios pelos quais<br />
mais comércio e oficio serão exerci<strong>do</strong>s no país, e como poderão<br />
continuar existin<strong>do</strong> com utili<strong>da</strong>de.” 137<br />
Quais os meios imagina<strong>do</strong>s por essa comissão, e outras semelhantes<br />
em vários países, para fomentar a indústria? Foram<br />
muitos.<br />
Houve, por exemplo, os prêmios <strong>da</strong><strong>do</strong>s pelo governo pelos<br />
produtos manufatura<strong>do</strong>s para exportação. Se o leitor fosse fabricante<br />
de facas e recebesse de seu governo uma soma de dinheiro<br />
para ca<strong>da</strong> dúzia de facas exporta<strong>da</strong>, naturalmente tentará fabricar<br />
um número sempre maior desse artigo. E os fabricantes<br />
de chapéus, mantas, munições, linho etc., provavelmente pensariam<br />
<strong>da</strong> mesma forma. Os prêmios governamentais sobre a produção<br />
destinavam-se a estimular a manufatura.<br />
O mesmo ocorre com a tarifa protetora. Essa tarifa, cuja finali<strong>da</strong>de<br />
foi proteger as indústrias nascentes e ain<strong>da</strong> na “infância”,<br />
é um recurso tão antigo como os mercantilistas, provavelmente<br />
mais velho ain<strong>da</strong>. Eis aqui um pedi<strong>do</strong> de aju<strong>da</strong> de<br />
uma indústria nascente, feito na Inglaterra muito antes de nascer<br />
o cria<strong>do</strong>r dessas tarifas na América, Alexander Hamilton:<br />
“Creio ter, Senhor, demonstra<strong>do</strong> que a manufatura <strong>do</strong><br />
137 L. Memmert, Die offentliche Forderung der powerblichen Produktionsmethoden<br />
zur Zeit des Merkantilismus in Bayern, Leipizig. 1930.