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historia da riqueza do homem

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“LEIS NATURAIS” DE QUEM? 211<br />

aceitavam ou rejeitavam, de acor<strong>do</strong> com seus interesses, e viam<br />

a “ver<strong>da</strong>de” àquela luz.<br />

Tal como a ascensão <strong>da</strong> classe <strong>do</strong>s negociantes, após a Revolução<br />

Comercial, trouxera consigo a teoria <strong>do</strong> mercantilismo,<br />

assim como as <strong>do</strong>utrinas <strong>do</strong>s fisiocratas, acentuan<strong>do</strong> a importância<br />

<strong>da</strong> terra como fonte dc <strong>riqueza</strong>, se desenvolveram na França<br />

agrícola, assim a ascensão <strong>do</strong>s industriais durante a Revolução<br />

Industrial na Inglaterra trouxe consigo teorias econômicas basea<strong>da</strong>s<br />

nas condições <strong>da</strong> época. Chamamos às teorias <strong>da</strong> Revolução<br />

Industrial de “Economia clássica”.<br />

O leitor já está familiariza<strong>do</strong> com algumas <strong>da</strong>s <strong>do</strong>utrinas de<br />

A<strong>da</strong>m Smith, considera<strong>do</strong> o fun<strong>da</strong><strong>do</strong>r <strong>da</strong> escola clássica. Outros<br />

economistas destaca<strong>do</strong>s dessa corrente são Ricar<strong>do</strong>, Malthus,<br />

James Mill, McCulloch, Senior e John Stuart Mill. Nem to<strong>do</strong>s<br />

concor<strong>da</strong>m com Smith ou entre si. Mas estão de acor<strong>do</strong> sobre<br />

certos principio. gerais fun<strong>da</strong>mentais.<br />

E sinceramente de acor<strong>do</strong> com tais princípios estavam os<br />

homens de negócios <strong>da</strong> época. Por uma excelente razão: a teoria<br />

clássica se adequava admiravelmente às suas necessi<strong>da</strong>des particulares.<br />

Dela podiam acolha, com grande facili<strong>da</strong>de, as leis<br />

naturais que justificassem completamente seus atos.<br />

Os <strong>homem</strong> de negócios estavam atentos às grandes oportuni<strong>da</strong>des.<br />

Estavam desejosos de lucros. Vieram então os economistas<br />

clássicos, dizen<strong>do</strong> que era isso exatamente que devia<br />

acontecer. E havia mais. Havia um conforto ain<strong>da</strong> maior para<br />

o <strong>homem</strong> de negócios empreende<strong>do</strong>r. Diziam-lhe que, ao procurar<br />

seu lucro, estava aju<strong>da</strong>n<strong>do</strong> também ao Esta<strong>do</strong>. A<strong>da</strong>m<br />

Smith disse isso. Eis aqui, por exemplo, um remédio perfeito<br />

para o ambicioso negociante que pudesse passar as noites em<br />

claro, às voltas com sua consciência perturba<strong>da</strong>: “To<strong>da</strong> pessoa<br />

está continuamente empenha<strong>da</strong> em encontrar o emprego mais<br />

vantajoso para o capital de que dispõe. É sua vantagem pessoal,<br />

na reali<strong>da</strong>de, e não a <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de, o que tem em vista.<br />

Mas o estu<strong>do</strong> de sua vantagem pessoal, naturalmente, ou melhor,<br />

necessariamente o leva a preferir o emprego mais vantajoso<br />

para a socie<strong>da</strong>de.” 238<br />

Perceberam?<br />

O bem-estar <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de está liga<strong>do</strong> ao <strong>do</strong> indivíduo. Dê a<br />

to<strong>do</strong>s a maior liber<strong>da</strong>de, diga-lhes para ganharem o mais que<br />

238 A<strong>da</strong>m Smith, op. cit., Vol I, p. 419

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