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historia da riqueza do homem

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318 HISTÓRIA DA RIQUEZA DO HOMEM<br />

culpar? To<strong>do</strong>s recebem e ganham. É a lei natural.” Mas numa<br />

economia nacional planifica<strong>da</strong>, a questão <strong>da</strong> distribuição <strong>da</strong> ren<strong>da</strong><br />

não pode ser resolvi<strong>da</strong> tão facilmente. Torna-se um ponto<br />

central, não mais determina<strong>do</strong> por forças impessoais, mas uma<br />

tarefa importante <strong>da</strong> autori<strong>da</strong>de coordena<strong>do</strong>ra central. E nos países<br />

democráticos onde essa autori<strong>da</strong>de pode ser influencia<strong>da</strong><br />

pelo sentimento <strong>da</strong> massa <strong>da</strong> população, não há dúvi<strong>da</strong> de que o<br />

abismo existente hoje na distribuição <strong>da</strong> ren<strong>da</strong> seria consideravelmente<br />

reduzi<strong>do</strong>. Para as massas, maior ren<strong>da</strong>; para os capitalistas,<br />

menor — segun<strong>do</strong> um plano.<br />

Por essas razões, não é de espantar que os líderes <strong>da</strong> oposição<br />

a tal planejamento sejam os capitalistas.<br />

Não obstante, em certos países não podem eles agir livremente.<br />

O colapso <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> econômica é tão amplo e o avanço <strong>da</strong><br />

classe trabalha<strong>do</strong>ra se torna tão ameaça<strong>do</strong>r que os capitalistas<br />

vêem a necessi<strong>da</strong>de de uma autori<strong>da</strong>de coordena<strong>do</strong>ra central —<br />

mas que seja deles, agin<strong>do</strong> em seu interesse. Isso só pode ser<br />

realiza<strong>do</strong> pelo esmagamento <strong>da</strong>s forças militantes <strong>da</strong> classe trabalha<strong>do</strong>ra.<br />

É então que os capitalistas recorrem ao fascismo.<br />

Na Rússia, a revolução <strong>da</strong> classe trabalha<strong>do</strong>ra teve êxito.<br />

Mas a desilusão, a fome e a miséria que se seguiram à I Guerra<br />

Mundial atraíram muitos recrutas às fileiras <strong>do</strong>s revolucionários,<br />

em to<strong>da</strong> parte. Ven<strong>do</strong> reduzirem-se as oportuni<strong>da</strong>des de<br />

melhorar de vi<strong>da</strong>, a classe média também começou a se sentir<br />

descontente. A ordem estabeleci<strong>da</strong>, embora ain<strong>da</strong> não-derruba<strong>da</strong>,<br />

ficou abala<strong>da</strong>.<br />

Isso ocorreu particularmente na Itália e Alemanha. Os capitalistas<br />

desses países tiveram pela frente uma classe trabalha<strong>do</strong>ra<br />

revolucionária, que lhes ameaçava o poder. Por isso, deram<br />

dinheiro aos camisas-negras de Mussolini e aos camisas-par<strong>da</strong>s<br />

de Hitler — em troca de favores futuros. O principal favor era o<br />

esmagamento <strong>do</strong> movimento organiza<strong>do</strong> <strong>da</strong> classe trabalha<strong>do</strong>ra.<br />

E os <strong>do</strong>is líderes cumpriram a promessa. O fascismo na Itália e<br />

o nazismo na Alemanha foram, portanto, movimentos contra-revolucionários.<br />

A ordem estabeleci<strong>da</strong> — poderio e privilégio capitalista<br />

— estava segura.<br />

Eis uma tarefa difícil. A propagan<strong>da</strong> que devia atrair a massa,<br />

de mentali<strong>da</strong>de socialista, devia ser hábil. E foi. O programa<br />

<strong>do</strong> Parti<strong>do</strong> Nacional Socialista <strong>do</strong>s Trabalha<strong>do</strong>res Alemães estava<br />

cheio de iscas, forma<strong>da</strong>s de palavras-chaves socialistas, para

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