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Práticas de Leitura e Escrita - TV Escola

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Nas situações cotidianas, é importante reconhecer rapidamente palavras para saber o que fazer ao se ler “hora do<br />

recreio” ou “ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> biblioteca”, ou reconhecer o nome próprio numa pasta <strong>de</strong> materiais. As habilida<strong>de</strong>s envolvidas<br />

po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong> dois tipos: a) aquelas em que os alunos reconhecem e memorizam as palavras por sua configuração gráfica<br />

ou pela silhueta; b) aquelas em que eles precisam escrever ou ler, sabendo reconhecer letras e sílabas com consciência das<br />

relações fonema/grafema, como seria a situação <strong>de</strong> um aluno consultar o dicionário (sozinho ou com ajuda da professora)<br />

para escrever a palavra nova sapato, ou analisar as palavras segunda, sexta e sábado, presentes no calendário.<br />

Quando o professor domina estas estratégias e sabe explorá-las, as situações do cotidiano são muito<br />

bem aproveitadas.<br />

g) organização por projetos <strong>de</strong> trabalho<br />

Trata-se da proposição <strong>de</strong> projetos específicos relacionados ao estudo <strong>de</strong> um assunto, às formas <strong>de</strong> organização da<br />

turma no cotidiano, à produção <strong>de</strong> um evento e <strong>de</strong> um material como um brinquedo, um mural, um jornal falado, um<br />

livro ou feiras <strong>de</strong> cultura e peças <strong>de</strong> teatro. Estas situações po<strong>de</strong>m gerar uma gran<strong>de</strong> unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho que, para ser<br />

planejada e executada em conjunto com os alunos, necessitará <strong>de</strong> várias situações <strong>de</strong> leitura e registros escritos, através dos<br />

quais, o professor <strong>de</strong>verá explorar intencional e sistematicamente, aspectos da cultura escrita, do sistema propriamente<br />

dito, da leitura e da produção <strong>de</strong> textos.<br />

Isso é necessário porque a turma po<strong>de</strong>rá apren<strong>de</strong>r muito bem como montar uma feira <strong>de</strong> cultura, ou alcançar<br />

um ótimo resultado <strong>de</strong> ampliação <strong>de</strong> conhecimentos num projeto <strong>de</strong> estudos sobre animais marinhos sem, contudo,<br />

aprofundar seus conhecimentos sobre os textos utilizados no projeto e sobre as formas <strong>de</strong> escrita <strong>de</strong> palavras e <strong>de</strong><br />

textos referentes ao tema estudado. Para alcançar o objetivo <strong>de</strong> também ensinar a ler e a escrever, o professor po<strong>de</strong><br />

utilizar as mesmas estratégias <strong>de</strong>scritas no trabalho organizado por temas.<br />

1.6.3. Conclusão<br />

Existem múltiplas formas ou estratégias <strong>de</strong> organização que po<strong>de</strong>m ser escolhidas pelo professor e é bem produtivo<br />

que o mesmo varie suas formas <strong>de</strong> contextualização e <strong>de</strong> organização, porque algumas <strong>de</strong>las po<strong>de</strong>m cansar pela repetição,<br />

alem do que, <strong>de</strong>terminada estratégia, sozinha, po<strong>de</strong> não ser a melhor para abordar com maior sistematização as questões e<br />

os conteúdos da alfabetização, como é o caso do trabalho com projetos, por exemplo. Para se sentir mais seguro, o professor<br />

po<strong>de</strong>rá escolher uma forma híbrida <strong>de</strong> organização do trabalho durante o ano, acrescentando e avaliando sempre o alcance<br />

<strong>de</strong> cada uma <strong>de</strong>las. Em todas as estratégias, vale ressaltar o papel fundamental do professor no direcionamento das ativida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> planejamento e sistematização e a observância do que se quer alcançar como resultado específico da alfabetização.<br />

1.6.4. Referências bibliográficas<br />

BAKHTIN, M. Os gêneros do discurso. In: M. Bakhtin, Estética da Criação Verbal. 1ª ed. São Paulo: Martins Fontes,<br />

1992, pp. 277-326.<br />

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orais e escritos na escola – Textos <strong>de</strong> Schneuwly & Dolz. Campinas: Mercado <strong>de</strong> Letras (no prelo).<br />

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pp. 165-173.<br />

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Lecture-Écriture (Actes du Colloque Théodile-Crel), 1994, p. 155-173. Bern: Peter Lang. Tradução a sair em Roxane Rojo e Glaís<br />

Cor<strong>de</strong>iro (orgs.). Gêneros orais e escritos na escola – Textos <strong>de</strong> Schneuwly & Dolz. Campinas: Mercado <strong>de</strong> Letras (no prelo).<br />

SCHNEUWLY, B. & J. Dolz. Os gêneros escolares - Das práticas <strong>de</strong> linguagem aos objetos <strong>de</strong> ensino. Repères, 15, 1997.<br />

Tradução a sair em Roxane Rojo e Glaís Cor<strong>de</strong>iro (orgs.) Gêneros orais e escritos na escola – Textos <strong>de</strong> Schneuwly &<br />

Dolz. Campinas: Mercado <strong>de</strong> Letras (no prelo).<br />

VOLOCHÍNOV, V. N. Marxismo e Filosofia da Linguagem. 2ª ed. São Paulo: HUCITEC, 1981.<br />

ZAPPA, R. Chico Buarque para Todos. Rio <strong>de</strong> Janeiro, Ed. Relume Dumará, 3a edição, 1999.<br />

Praticas <strong>de</strong> <strong>Leitura</strong> e <strong>Escrita</strong><br />

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