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Práticas de Leitura e Escrita - TV Escola

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pressa nas mais variadas formas: poesia, música, dança, teatro, cinema, artes plásticas etc. Neste propósito, a autora<br />

aborda a literatura oral, citando Câmara Cascudo, como “o nosso primeiro leite intelectual”.<br />

É por meio da palavra, da fala das pessoas, que é possível conhecê-las. Assim, para realizar um trabalho<br />

com os alunos, partindo <strong>de</strong> suas realida<strong>de</strong>s, é necessário criar oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> interação em que eles falem<br />

e que também sejam ouvidos, trata-se <strong>de</strong> um processo conjunto <strong>de</strong> conhecer e <strong>de</strong> se <strong>de</strong>ixar conhecer. Esta observação<br />

é feita por Cecília Maria Aldigueri Goulart em seu texto “<strong>Escola</strong>, leitura e vida”, reforçando a idéia<br />

<strong>de</strong> que a escola <strong>de</strong>ve promover momentos <strong>de</strong> conversa em que haja discussão <strong>de</strong> temas, apresentação <strong>de</strong> novas<br />

questões e, também, organização <strong>de</strong> espaços em que os diversos materiais escritos estejam presentes ou disponíveis<br />

para consulta, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do fato <strong>de</strong> se dominar formalmente o sistema escrito. Estes procedimentos<br />

da escola são retomados no texto “Oralida<strong>de</strong>, escrita e letramento”.<br />

Neste texto, Goulart complementa a temática do letramento, <strong>de</strong>stacando as práticas sociais orais e escritas que<br />

envolvem os sujeitos em interação. A autora amplia a discussão ao tratar da diversida<strong>de</strong> lingüística e da <strong>de</strong> gênero<br />

que circulam nos espaços escolar e social e apresenta idéias que sugerem um olhar mais específico para o papel da<br />

escola como espaço <strong>de</strong> legitimação das práticas letradas e lugar social em que a diversida<strong>de</strong> e a variabilida<strong>de</strong> dos<br />

modos <strong>de</strong> falar são abordadas <strong>de</strong> modo sistemático. As práticas sociais orais são citadas como uma forma <strong>de</strong> expressão<br />

da vida, dos saberes, dos valores, sentimentos e <strong>de</strong>sejos que não po<strong>de</strong>m ser esquecidos pela escola.<br />

Maria Lúcia Castanheira e Ana Lydia Santiago rediscutem, no texto “Oralida<strong>de</strong> e escrita: dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

ensino-aprendizagem na alfabetização”, as consi<strong>de</strong>rações sobre o fracasso escolar, apresentando uma caracterização<br />

<strong>de</strong> suas diferentes abordagens. No texto, afirmam que, embora os dados estatísticos mostrem uma concentração do<br />

fracasso escolar nas crianças oriundas <strong>de</strong> meios menos favorecidos economicamente, diferentes estudos apontam que<br />

essas crianças possuem um <strong>de</strong>senvolvimento cultural e lingüístico que não é consi<strong>de</strong>rado pela escola. A partir <strong>de</strong>ssas<br />

constatações, as autoras <strong>de</strong>senvolvem seus argumentos, chamando a atenção para a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecer e <strong>de</strong> respeitar<br />

as diferenças culturais e lingüísticas apresentadas pelos alunos, sugerindo que tais diferenças sejam observadas<br />

nas produções orais e escritas realizadas na escola.<br />

Praticas <strong>de</strong> <strong>Leitura</strong> e <strong>Escrita</strong><br />

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