Praticas <strong>de</strong> <strong>Leitura</strong> e <strong>Escrita</strong> 81
3 . Literatura e leitores: os livros e seus temas Nesta unida<strong>de</strong> III, apresentam-se textos que abordam a questão da literatura na escola e o seu engajamento sociocultural nos contextos <strong>de</strong> aprendizagem. Os textos selecionados ancoram-se nas discussões sobre as práticas sociais com a linguagem, ressaltando, portanto, as práticas <strong>de</strong> letramento, conforme se verifica no título que abre esta seção do livro: “Letramento e leitura da Literatura”. No texto “Letramento e leitura da Literatura”, as autoras Eleonora Cretton Abílio e Margareth Silva <strong>de</strong> Mattos postulam que o <strong>de</strong>senvolvimento da linguagem escrita da criança <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua convivência com as práticas <strong>de</strong> linguagem no seu cotidiano. Nesta integração, <strong>de</strong>staca-se a construção social do discurso oral, sobretudo as narrativas, como fundamentais ao processo <strong>de</strong> letramento. Esta integração dos registros oral e escrito no cotidiano escolar, portanto, amplia-se nos textos aqui selecionados. Como se vê, por exemplo, no texto <strong>de</strong> Verbena Maria, “Escritores e leitores”, que, sob o ponto <strong>de</strong> vista da formação <strong>de</strong> leitores, aborda os <strong>de</strong>safios <strong>de</strong> tal formação em uma socieda<strong>de</strong> globalizada, distinguindo uma postura dos leitores em relação aos variados objetos <strong>de</strong> leitura. Numa abordagem em que a dialogicida<strong>de</strong> é ponto <strong>de</strong> realce, a autora focaliza o universo literário no ambiente escolar, assinalando que: “a leitura literária no espaço escolar é uma tarefa <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> novas formas <strong>de</strong> lidar com a literatura e <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconstrução <strong>de</strong> amarras e regras que a pedagogia teima em prescrever e rotular (...)”. É sobre este processo <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> novas formas <strong>de</strong> lidar com a literatura e com os livros na escola que Roxane Rojo discute, em seu texto “Livros em sala <strong>de</strong> aula”, as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem e a forma como os discursos são organizados na escola, por meio, por exemplo, do livro didático. A autora traça um perfil <strong>de</strong>sse recurso didático, hoje, no Brasil, <strong>de</strong>stacando uma visão à luz da teoria dos gêneros do discurso e estabelecendo confrontos na prática pedagógica. Questões como – Que conhecimentos, valores, atitu<strong>de</strong>s, tipos e níveis <strong>de</strong> letramento os alunos trazem? Quais conhecimentos são importantes no projeto <strong>de</strong> ensino do professor? O que será preciso ensinar nessa coletivida<strong>de</strong>? – permeiam seus argumentos sobre a aprendizagem na escola, tanto na ótica do professor quanto na do aluno. A autora consi<strong>de</strong>ra a importância <strong>de</strong> possibilitar ao aluno a escolha entre os discursos que circulam à sua volta, questionando a unicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> posicionamentos e ressaltando o pluralismo e a <strong>de</strong>mocracia. Nesse contexto dos discursos que se apresentam no ambiente pedagógico, Egon Rangel, em seu texto intitulado “Avaliar para melhor usar – avaliação e seleção <strong>de</strong> materiais didáticos” discorre sobre os instrumentos utilizados no processo <strong>de</strong> ensino/aprendizagem, e comenta sobre a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos dispostos aos educadores. O autor também <strong>de</strong>staca o fato <strong>de</strong> que a relação professor e aluno, mediada por tais recursos, tem <strong>de</strong> realizar-se dialogicamente, <strong>de</strong> modo que seu uso favoreça “uma interlocução pedagogicamente eficaz”. Rangel salienta o papel fundamental da escola em optar por materiais alternativos ao livro didático, proporcionando o <strong>de</strong>senvolvimento da competência comunicativa e crítica dos sujeitos na escola. A apresentação <strong>de</strong> materiais alternativos, bem como a escolha do livro didático, têm <strong>de</strong> se realizar <strong>de</strong> modo crítico, pois muitas vezes há nestes recursos a publicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma visão estereotipada e preconceituosa, que esmaga e discrimina a diversida<strong>de</strong> cultural. Este tema é abordado por Marisa Borba no texto “Literatura e Pluralida<strong>de</strong> cultural”. A autora salienta a importância <strong>de</strong> se promoverem leituras com abordagens, temáticas e opiniões variadas, possibilitando aos leitores o diálogo com diferentes culturas. Borba afirma, ainda, que é através da literatura que 82 Salto para o Futuro
- Page 1 and 2:
Práticas de Leitura e Escrita L ng
- Page 4 and 5:
Escrever, eu já andava rabiscando
- Page 6 and 7:
3.1.3. Fábulas ...................
- Page 8 and 9:
servindo como um eixo norteador par
- Page 10 and 11:
apropriação do sistema alfabétic
- Page 12 and 13:
No Brasil, quase um terço da popul
- Page 14 and 15:
A conclusão é uma só e assustado
- Page 16 and 17:
A necessidade desse conhecimento so
- Page 18 and 19:
1.2.1. Conceituação A apropriaç
- Page 20 and 21:
a um “som”, cada “som” a um
- Page 22 and 23:
Finalmente, é importante adquirir
- Page 24 and 25:
“Ler é melhor que estudar”, es
- Page 26 and 27:
Neste sentido, diferentemente de po
- Page 28 and 29:
Em práticas de alfabetização e l
- Page 30 and 31: 1.4.1. A metodologia da alfabetiza
- Page 32 and 33: social de textos. A exposição de
- Page 34 and 35: Alfabetização e Ensino da Língua
- Page 36 and 37: Praticas de Leitura e Escrita Carta
- Page 38 and 39: Como realizar um planejamento de tr
- Page 40 and 41: Vejamos as possíveis situações:
- Page 42 and 43: Nas situações cotidianas, é impo
- Page 44 and 45: pressa nas mais variadas formas: po
- Page 46 and 47: “Quem conta um conto aumenta um p
- Page 48 and 49: 2.1.1. Referências bibliográficas
- Page 50 and 51: A fábula é um gênero literário
- Page 52 and 53: Praticas de Leitura e Escrita 53
- Page 54 and 55: Narrar é um ato inventivo, seja pa
- Page 56 and 57: Alguns malabarismos verbais provoca
- Page 58 and 59: A palavra Um renomado professor jap
- Page 60 and 61: com heróis que esqueceram a palavr
- Page 62 and 63: As palavras, em tais condições, a
- Page 64 and 65: Praticas de Leitura e Escrita “Du
- Page 66 and 67: A atividade pensada segue o seguint
- Page 68 and 69: Gonzaguinha, em conhecida letra de
- Page 70 and 71: 2.6.1. Referências bibliográficas
- Page 72 and 73: A linguagem está onde o homem est
- Page 74 and 75: O trabalho com a linguagem na escol
- Page 76 and 77: 2.8.1. Fracasso escolar: buscando e
- Page 78 and 79: clínico, propõe-se, primeiro, inv
- Page 82 and 83: se pode desenvolver um trabalho de
- Page 84 and 85: 3.1.1. Retomando a experiência de
- Page 86 and 87: e do início da atividade sexual (M
- Page 88 and 89: 3.1.7. Referências bibliográficas
- Page 90 and 91: 3.2.1. Cenas de leitura Falar sobre
- Page 92 and 93: Considero a leitura por fruição a
- Page 94 and 95: 3.2.2. Referências bibliográficas
- Page 96 and 97: Este texto historia brevemente a es
- Page 98 and 99: São muitos os manuais didáticos,
- Page 100 and 101: 3.3.4. Referências bibliográficas
- Page 102 and 103: 3.4.1. Uma provocação O título d
- Page 104 and 105: Apesar desse quadro de evidente esc
- Page 106 and 107: 3.4.5. Referências bibliográficas
- Page 108 and 109: Praticas de Leitura e Escrita “A
- Page 110 and 111: e cooperação, sobressaindo assim,
- Page 112 and 113: Atualmente, os livros editados com
- Page 114 and 115: 3.6.1. Referências bibliográficas
- Page 116 and 117: 3.7.1. Introdução Pretendendo dia
- Page 118 and 119: que possamos nos debruçar sobre a
- Page 120 and 121: 3.8.1. Televisão afasta as crianç
- Page 122 and 123: fica na República Eslovaca e que a
- Page 124 and 125: “Leitura da literatura: a constru
- Page 126 and 127: 4.1.1. A leitura literária no proc
- Page 128 and 129: 4.1.5. Repertórios de leituras Nã
- Page 130 and 131:
Praticas de Leitura e Escrita 131
- Page 132 and 133:
Geralmente, o trabalho com a poesia
- Page 134 and 135:
Praticas de Leitura e Escrita 135
- Page 136 and 137:
4.3.1. Poesia, música e jogo: nas
- Page 138 and 139:
Percebemos, nesse ‘vídeo-poema
- Page 140 and 141:
versos dizem o que ele está fazend
- Page 142 and 143:
Praticas de Leitura e Escrita 2 Hor
- Page 144 and 145:
Na verdade, ao “dizer” a palavr
- Page 146 and 147:
O poeta Manoel de Barros, em seu li
- Page 148 and 149:
A poesia pode se oferecer a um trab
- Page 150 and 151:
Praticas de Leitura e Escrita “Po
- Page 152 and 153:
O poeta se investe do papel de subv
- Page 154 and 155:
Praticas de Leitura e Escrita 155
- Page 156 and 157:
As diversas opções de materiais d
- Page 158 and 159:
Se lembrarmos que os livros que os
- Page 160 and 161:
textos, e vai, finalmente, aprofund
- Page 162 and 163:
5.2.1. Leitura e escrita competênc
- Page 164 and 165:
nado por sua saúde, presença na e
- Page 166 and 167:
A presença de textos científicos
- Page 168 and 169:
Esta construção talvez esteja pro
- Page 170 and 171:
Há uns cem anos, eram bem poucas a
- Page 172 and 173:
Nessa ficha, podem constar, entre o
- Page 174 and 175:
Esse texto pretende fornecer elemen
- Page 176 and 177:
em sala de aula, que permitirão qu
- Page 178 and 179:
do marketing, ou como instrumento d