01.06.2013 Views

senasp - Secretaria de Segurança Pública

senasp - Secretaria de Segurança Pública

senasp - Secretaria de Segurança Pública

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

SENASP<br />

o direito <strong>de</strong> viver dignamente, contra o interesse dos po<strong>de</strong>rosos que<br />

<strong>de</strong>tém a força. Surge a concepção política dos Direitos Humanos e com<br />

ela as três gran<strong>de</strong>s indagações preliminares <strong>de</strong> toda luta política: Quem<br />

somos? O que queremos? Contra quem lutamos? De pronto respon<strong>de</strong>se:<br />

Somos seres humanos buscando o respeito e a dignida<strong>de</strong> para<br />

sermos felizes em nossa existência. Lutamos contra a tirania e a opressão<br />

dos po<strong>de</strong>rosos que <strong>de</strong>têm o po<strong>de</strong>r.<br />

Porém, segundo Hobbes, a ausência <strong>de</strong> um po<strong>de</strong>r coercitivo capaz <strong>de</strong><br />

atemorizar aqueles que querem impor suas vonta<strong>de</strong>s, como se estivesse<br />

no estado natural <strong>de</strong> sua existência, acarreta a guerra <strong>de</strong> todos contra<br />

todos. Para tanto propõe um direito civil que garanta a paz. Na sua obra<br />

Leviatã enfatiza que esse <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> paz leva os homens a formar um<br />

contrato, o qual permite eleger um soberano para governar suas vidas<br />

<strong>de</strong>finindo o direito e a justiça. Tal po<strong>de</strong>r soberano é imprescindível para<br />

resolver as controvérsias.No ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> Hobbes, a insegurança<br />

causada pelo estado <strong>de</strong> guerra <strong>de</strong> todos contra todos chega a níveis<br />

tais que é mais seguro exigir uma força disciplinadora.<br />

Rousseau tem opinião convergente à <strong>de</strong> Hobbes, porém, amplia a<br />

concepção <strong>de</strong> pacto social e sua conceituação. Afirma ele que o homem<br />

civil, o cidadão, para consolidar sua liberda<strong>de</strong> moral, tem necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> eliminar <strong>de</strong> si a liberda<strong>de</strong> natural, responsável pelos distúrbios em<br />

socieda<strong>de</strong>. Em outras palavras, <strong>de</strong>ve abdicar dos impulsos naturais em<br />

<strong>de</strong>trimento dos lastros morais impostos pela socieda<strong>de</strong> a qual faz parte,<br />

ou ainda, só po<strong>de</strong> reivindicar a liberda<strong>de</strong>, <strong>de</strong> acordo com as cláusulas<br />

estabelecidas no contrato social. A transformação do homem em cidadão,<br />

para Rousseau, é processada pelo legislador, o qual é consi<strong>de</strong>rado por<br />

ele como um Deus, pela necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser perfeito em legislar e<br />

exemplificar pelos seus atos.<br />

Des<strong>de</strong> que o mundo é mundo o homem luta contra as arbitrarieda<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>sse ente subjetivo, chamado Estado, encarnado sobre a forma <strong>de</strong> um<br />

soberano, chefe político ou <strong>de</strong> uma instituição, criado pela própria vonta<strong>de</strong><br />

dos homens para governá-los, mas que se apresenta, não rara às vezes,<br />

como o maior violador <strong>de</strong> seus direitos. Recor<strong>de</strong>mos dos gran<strong>de</strong>s<br />

embates ocorridos durante a marcha civilizatória da humanida<strong>de</strong> para<br />

que se conseguisse do Estado o mínimo <strong>de</strong> disposição para distribuir<br />

191

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!