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Igreja Luterana - no 1 - 2004<br />
Orr~vo DOMINGO<br />
APÓS PENTECOSTES<br />
25 de julho de 2004<br />
Romanos 6.19-23 (Marcos 8.1-9)<br />
1. ASPECTOS TEXTUAIS<br />
A escravidão tem caracterizado a humanidade como um todo. Diversos<br />
povos em diversas épocas fizeram uso da escravidão de uma forma ou<br />
outra. A opressão escravista pode ser externa ou interna: uma que foge ao<br />
nosso controle; a outra que está ao nosso alcance para controlá-la. Sobre<br />
isso é que Paulo quer nos ensinar nestas palavras de Romanos.<br />
O diagnóstico inicial - somos escravos porque estamos sob a lei.<br />
Esta é a nossa condição original - o pecado original, que nos coloca sob a lei<br />
(v.14). Quem nos mostra isso são os pecados cometidos contra a santa<br />
vontade de Deus. E é esta a condição que nos faz oferecer os nossos mem-<br />
bros para a escravidão da impureza e da maldade para a maldade (v. 19).<br />
Sendo dominados pela lei, percebemos que somos incapazes de te-<br />
mer, amar e confiar em Deus acima de todas aq cniwc. c amar an nnccfi<br />
próximo como a nós mesmos. Quando Paulo usa o termo "desobediência"<br />
ou falta de fé, ele nos identifica que somos obedientes aos poderes que nos<br />
escravizam (v. 16).<br />
Esta escravidão nos remete a escravidão para a morte. Consideran-<br />
do que "o salário do pecado é a morte" (v.23), como escravos da lei, agimos<br />
contra nós mesmos, matando-nos. Estamos sob a morte e a dificuldade de<br />
escapar dela também nos escraviza. Estando, pois, sob a lei e determinados<br />
a morte, não podemos viver de forma alguma. Como Jesus nos diz: "Em<br />
verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado. O escra-<br />
vo não fica sempre na casa" (Jo 8.34,25).<br />
Mas nesta mesma citação, Jesus afirma que "o filho fica sempre na<br />
casa. Se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres" (Jo 8.35). Jesus<br />
sujeita-se a lei para nos libertar (G1 4.4; 8.2,3). Por isso, Paulo afirma que<br />
em Cristo, no v. 22, somos servos da graça ou vivemos a partir da condição<br />
de livres do jugo da lei. Enquanto que o jugo da lei nos leva a morte, sob a<br />
graça de Cristo temos a vida eterna.<br />
Agora, sob a graça, como Paulo argumenta em 1.5, tememos, ama-<br />
mos e confiamos em Deus. Assim como Cristo tomou-se escravo de Deus