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Igreja Luterana - no 1 - 2004<br />

causadas pela menção da palavra autonomia. Espero que consigamos<br />

respondê-las a medida em que o trabalho for se expondo diante dos irmãos.<br />

Afinal, a reflexão leva-nos a perceber detalhes que facilmente se ocultam<br />

atrás de uma euforia emergente do primeiro contato com algo que parece<br />

interessante. Autonomia, por si só interessa, é verdade. Cuidemos, todavia,<br />

para que a euforia pelo conceito nu e cru do termo não nos ofusque,<br />

impedindo-nos de ter visão clara sobre, entre outras coisas, o em quê? por<br />

quê? e até onde somos autônomos?<br />

Pensar um trabalho implica determinar um caminho a seguir, pois se<br />

quer chegar a um certo lugar. Para tanto, indispensável se torna que saibamos<br />

de antemão por onde andar. Para atingir o resultado desejado através desta<br />

reflexão, tenho para mim que o caminho a trilhar inclui, necessariamente, a<br />

presença do tema dentro do cenário que nos mostra a igreja como corpo de<br />

Cristo. Lembro especialmente do capítulo 12 da Primeira Carta aos Coríntios<br />

e do capítulo 4 da Carta aos Efésios, textos em que a figura do corpo é<br />

explorada pelo Apóstolo com magnífica percepção, permitindo-nos ir longe<br />

na visão de tudo aquilo que abrange o fato de termos sido enxertados no<br />

corpo do Senhor. Para mim, portanto, o caminho está definido; por ele seguirei,<br />

convidando-os para irem comigo a fim de descobrirn~os o que se pode<br />

compreender a respeito da autonomia da congregação cristã luterana dentro<br />

da realidade do corpo de Cristo. Preciso é que lembremos do seguinte:<br />

sempre será a realidade que determinará a forma de agir e não o contrário.<br />

Tal princípio é decisivo para abordar corretamente o tema em questão. A<br />

igreja (congregação) é corpo de Cristo; é a realidade. Pois bem, como<br />

praticar a autonomia dentro de tal realidade, com suas conquistas, mas<br />

também respeitando suas limitações? Pensar em autonomia desconsiderando<br />

a nossa bendita condição de membros do corpo do Senhor Jesus, igualar-<br />

se-á, por exemplo, a pensar em agir como pai num contexto onde não há<br />

filhos. A realidade não me permitirá ser pai, por mais que o deseje. Excluídos<br />

do corpo de Cristo, não se cumprem os desejos e privilégios decorrentes da<br />

autonomia, por mais que sejam procurados.<br />

1. O CORPO DE CRISTO<br />

Ser corpo de Cristo dá a pista para descobrir qual será o enfoque sob<br />

o qual seguirá este trabalho. Não poderá ser outro, a não ser evangélico.<br />

Enfocar evangelicamente uma questão ou tema sempre nos conduz a olhar<br />

tudo apenas de uma direção para outra, ou seja, partindo da ação de Deus<br />

por nós e para nós, chega-se a resposta humana gerada pela presença da<br />

graça e misericórdia divinas na vida de cada um de nós. Por que somos<br />

corpo de Cristo? Por que somos convidados a agir como membros do seu

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