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Igreja Luterana - nu 1 - 2004<br />
resume o sentido do v.: "O fim da lei é Cristo", ou seja, seu cumprimen-<br />
to e consumação. Cristo dá o que a lei exige. Aquele que crê em Cristo<br />
tem o que a lei exige -justiça por imputação - e esta livre do pecado e<br />
da morte".<br />
4. SUGEST~ES DE APLICAÇÁO<br />
1. A ênfase do apóstolo no texto é a preocupação com a salvação dos<br />
judeus. Este, sem dúvida, é um momento para despertar no povo de<br />
Deus, especialmente os luteranos, o sentimento de tristeza pelo destino<br />
eterno daqueles que ignoram a Cristo como Messias. Um dos ingredientes<br />
da missão entre os judeus hoje começa com a "dor no coração",<br />
ou seja, sensibilidade, afetividade e não Schadenjreude. Todo projeto<br />
missionário começa pelo amor as pessoas que são objeto da missão.<br />
(Isto não significa que haverá reciprocidade em termos de afeição )<br />
Neste aspecto nos unimos a Paulo (9.2) e ao próprio SENHOR Jesus<br />
Cristo (Lc 19.41-44). Nossa resposta em santificação ao amor (escolha)<br />
de Deus em nós é amar as pessoas e procurar levar Cristo, o<br />
Messias, para elas.<br />
2. Nossas atitudes pecaminosas contrastam com a graciosa atitude de<br />
Deus que demonstram tristeza de um lado e amor de outro pelos judeus,<br />
gentios e todos os não-cristãos. O amor de Deus se manifesta na sua<br />
entrega em favor de nós e de todos os seres humanos. Paulo gostaria<br />
de ser anátema, separado de Cristo, se tal atitude pudesse redentora-<br />
mente beneficiar seus irmãos segundo a carne. Na verdade, Cristo se<br />
tornou anátema e foi separado do Pai para que a nossa salvação e a de<br />
todos pudesse ser adquirida.<br />
3. Fora da justiça de Cristo, o ser humano, no seu desespero, busca a<br />
sua própria justiça. Diante de Deus ela é inócua porque leva ao<br />
legalismo individual e coletivo. O problema do legalismo não foi só<br />
dos judeus ao tempo de Jesus e, quiçá, do nosso tempo. O legalismo<br />
está sempre presente como uma tentação também para os cristãos de<br />
todos os tempos. E comum hoje encontrar crentes legalistas que não<br />
se apercebem da incoerência de suas posições: confiam em Cristo<br />
como Salvador, mas sentem que precisam fazer algo para merecer a<br />
salvação. Pastores se debatem com esse problema em suas congre-<br />
gações. Parece que a soteriologia legalista do romanismo, espiritismo<br />
etc., ainda influencia a vida de fé dos membros. Problemas de de-<br />
pressão espiritual têm, por vezes, como raiz, uma apreensão defeituo-<br />
sa e distorcida da justificação pela fé. Ademais, na evangelização do<br />
povo brasileiro é imprescindível focalizar que Cristo põe fim a tendên-