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Igreja Luterana - nu 1 - 2004<br />
Vv. 14- 17: A lógica de Paulo parece que nem precisa de explicação adici-<br />
onal. Todos os que crêem no Senhor Jesus e o invocam serão salvos;<br />
para crer, a Palavra da fé precisa ser feita acessível através da prega-<br />
ção; para haver pregação, é preciso que haja envio de pregadores, que<br />
proclamarão o Evangelho de Cristo, que produzirá a fé. É importante<br />
observar que o crer não acontece no vácuo, nem automaticamente.<br />
Cada um precisa ouvir o Evangelho da justificação pela fé. Ajustiça de<br />
Deus não sc torna eficaz naturalmente, mas necessita ser apropriada<br />
pela fé, que só é possível com o ouvir do Evangelho (v. 17).<br />
Há ainda dois detalhes adicionais. O primeiro é Rm 10.15b, que é<br />
uma citação de 1s 52.7, cujo contexto aponta para as boas notícias anuncia-<br />
das ao povo de Israel, que estava sendo libertado da escravidão babilônica.<br />
As notícias eram valiosas: "o teu Deus reina" (1s 52.7), os pés dos portado-<br />
res delas também. De valor inestimável também são os pés dos condutores<br />
do Evangelho de Jesus Cristo, pois eles conduzem as boas novas que Jesus<br />
é o Senhor, ele reina e concede perdão, vida, salvação e a libertação da<br />
escravidão do pecado. O segundo detalhe é o v.16. A justiça de Deus é<br />
loucura. É absurdo pensar que no servo desfigurado haveria o poder reden-<br />
tor. Paulo não volta ao assunto por acaso citando 1s 53.1, porque esse é um<br />
dos principais pontos a ser esclarecido, a incredulidade de Israel. Cristo é<br />
preciosidade para os que crêem, mas pedra de tropeço e rocha de ofensa<br />
para os que o ignoram e presumem poder estabelecer a sua própria justiça<br />
(1 Pe 2.7; Rm 9.33; 1 Co 1.18-19), para alcançar o favor divino.<br />
3. SUGEST~ES HOMILETICAS<br />
Sugiro essas duas abordagens para esse texto:<br />
A. O cristão não está livre de tentar criar um sistema de coi-ilpensação por<br />
seus pecados e culpas. Ele pode ignorá-los, responsabilizar outros, ou pro-<br />
curar realizar obras que acalmem sua consciência, mas que apenas aba-<br />
fam ou deslocam as culpas. Porém, o Evangelho é poder de Deus para<br />
converter, acalmar consciências, livrar dos pecados e culpas. "Mas quem<br />
crer nela (a Rocha - Cristo) não ficará desiludido" (Rm 9.33b - NTLH).<br />
B. O cristão também pode estar sujeito e tentado a separar a fé da confis-<br />
são, que pode ser por palavras e ações. Mas o Evangelho é poder de<br />
Deus para fortalecer a fé no coração e desenvolver o senso evangelístico<br />
de compartilhar como sacerdotes do Rei (1 Pe 2.9) o Evangelho Salva-<br />
dor do Rei Jesus.<br />
Anselmo Eunesto Gurffj