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Igreja Luterana - no 1 - 2004<br />

que está próximo (Mt 4.17) e nas promessas das bem-aventuranças<br />

(Mt 5). Paulo faz aqui referência quase literal ao ensino do próprio<br />

Cristo.<br />

"Abençoai os que vos perseguem, abençoai, e não maldizei" - Seria<br />

oportuno que o leitor conferisse os textos de Lc 6.28 e 1 Co 4.12- 13. O texto<br />

que aqui é analisado, em importantes manuscritos omite o pronome "vos". Neste<br />

caso, a "Nova Tradução na Linguagem de Hoje" reproduz bem essa idéia<br />

quando diz: "Peçam que Deus abençoe os que perseguem vocês. Sim, peçam<br />

que ele abençoe e não que amaldiçoe". Os cristãos foram exortados pelo<br />

apóstolo Paulo a rogar a Deus por bênçãos inclusive a seus perseguidores. É<br />

natural ao ser humano pagar com a mesma moeda. O apóstolo Paulo (e tam-<br />

bém Cristo) insiste que para os cristãos até mesmo o adversário e perseguidor<br />

deve ser alvo do verdadeiro amor que tem a sua origem em Deus.<br />

V. 15: A esperança também fará com que nos tornemos receptivos às<br />

alegrias e tristezas dos outros. O cristão pode interessar-se com empatia<br />

pelas alegrias e tristezas dos que o rodeiam porque não fica enclausurado<br />

em suas próprias preocupações. Imitando o próprio Cristo, alegra-se<br />

nas bodas de Caná e chora junto ao túmulo de Lázaro.<br />

"Alegrai-vos com os que se alegram, e chorai com os que choram".<br />

O apóstolo reflete bem as palavras e procedimentos do próprio Cristo. Vale<br />

destacar que, em muitas situações, pode ser mais difícil se alegrar com os<br />

que se alegram do que chorar com os que choram. Isto porque, para o ser<br />

humano comover-se com o sofrimento dos outros pode ser algo até mesmo<br />

natural, mas, em meio as dificuldades, insucessos e fracassos do dia a dia,<br />

pode tornar-se muito difícil o alegrar-se com o sucesso e alegria do próxi-<br />

mo. A tendência natural do ser humano seria a de ficar lastimando os pró-<br />

prios fracassos e invejar a situação privilegiada do outro.<br />

Vv. 16- 18: O apóstolo segue com suas recomendações à pratica da unidade,<br />

humildade e compreensão compassiva. Chama atenção contra o<br />

orgulho e a falsa sabedoria. A exemplo do que diz aos Filipenses, ele<br />

demonstra que a esperança triunfa sobre a tribulação. Paulo diz aos<br />

Filipenses (Fp 4) que tanto os amigos quanto os inimigos devem ver<br />

neles um comportamento digno de reis. Tal comportan~ento é resultado<br />

da consciência que se tem da própria força da esperança que move a<br />

vida cristã. E o motivo e dinâmica dessa moderação e esperança é a<br />

certeza de que "perto está o Senhor" (Fp 4.5). É esta mesma esperança<br />

que vencerá o rancor e a sede por vingança. A esperança dos cristãos<br />

não está em suas próprias forças, mas no Deus de todas as graças.<br />

E essa esperança fará com que o seu testemunho ao mundo seja de<br />

paz, pois "bem-aventurados são os pacificadores" ... (Mt 5).

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