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Igreja Luterana - no 1 - 2004<br />

levando consigo a Pedro e aos filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se<br />

e a angustiar-se" (Mt 26.36-37).<br />

2.1 0 sofrimento<br />

Champlin lembra que "os evangelhos não procuram descrever as<br />

emoções de Jesus; mas nessa oportunidade a expressão de Jesus era tão<br />

notável que ninguém podia deixar de observá-la" (p. 600).<br />

Enquanto Mateus usa o verbo Lun~toeat ("entristecer-se"), Marcos<br />

usa um verbo com sentido mais vigoroso ~~0vapp~toeat ("ter pavor").<br />

"A expressão traduzida por 'angustiar-se' é também uma expressão<br />

forte no grego" (Champlin, p. 600).<br />

"Como verdadeiro ser humano, o Filho de Deus temeu o pavoroso<br />

sofrimento que estava reservado para ele" (Comentários Bíblicos, p. 340).<br />

Por isso "começou entristecer-se e angustiar-se", v.37. Em sua humanida-<br />

de desejava evitar a morte de cruz, por tratar-se de algo altamente revoltan-<br />

te e tal pena de morte trazia as piores agonias. Mas também desejava evitar<br />

a ira do Pai que cairia sobre ele, devido aos pecados dos seres humanos.<br />

Jesus preocupava-se com os sofrimentos espirituais, mas também com os<br />

sofrimentos físicos que o aguardavam.<br />

Nós bem sabemos que durante os dois últimos dias que antecederam<br />

a morte de Jesus culminaram com passio magna, ou seja, "a extrema an-<br />

gústia que nosso Redentor sofreu do Getsêmani ao Calvário, parte na alma,<br />

parte no corpo, suportando no final as mais extremas e amargas dores para<br />

expiação dos nossos pecados, 1s 53.4-6; 2 Co 5.21" (J.T.Mueller, v. I, 303).<br />

Não podemos esquecer-nos de que Jesus foi tentado em todos<br />

pontos como ocorre com cada um de nós (Hb 4.15), que ele levou sobre<br />

si a nossa natureza humana com suas debilidades naturais, porém sem<br />

pecar.<br />

A luta e a intensa agonia de Jesus foram perfeitamente reais;<br />

não estava fazendo um papel anteriormente preparado, para<br />

benefício alheio. As tentações pelas quais passou de não sub-<br />

meter-se a morte de cruz e a ira de Deus foram, certamente,<br />

reais (Champlin, p. 600).<br />

Em sua oração ao Pai, Jesus usa a palavra "cálice" (Mt 26.39, 42).<br />

Nos escritos sagrados antigos, o cálice simbolizava tristeza, angústia, terror<br />

ou alguma provação especial. Quantos eram condenados a morte sendo<br />

obrigados a beberem um cálice de veneno! Que sentimentos aterrorizantes<br />

deviam dominar o íntimo de tais condenados! Jesus igualmente desejava<br />

expressar a enormidade de seu sofrimento presente e futuro usando a pala-<br />

vra "cálice".<br />

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