Um Novo Modelo para o Setor Elétrico Brasileiro
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Anexo 2<br />
A relevância dos modelos de otimização e simulação<br />
do sistema hidrelétrico brasileiro*<br />
Tabela A.12.3 – Série incremental de Itaparica - continuação<br />
ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ<br />
1996 0 0 56 258 0 58 23 2 0 21 84 78<br />
1997 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0<br />
1998 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0<br />
Período do Histórico de Vazões Naturais: Existe grande dificuldade em<br />
se obter séries de vazões naturais em diversas regiões do Brasil, principalmente<br />
séries observadas desde os anos trinta. Mesmo nas regiões com maior<br />
disponibilidade de dados, em muitas usinas as séries se reportam a uma única<br />
estação fluviométrica, muitas vezes localizada a grande distância. Séries<br />
hidrológicas não representativas geram grandes distorções no planejamento na<br />
operação do sistema elétrico.<br />
Estacionariedade das Séries Hidrológicas: O NEWAVE utiliza séries<br />
sintéticas de vazões geradas a partir das séries históricas que, por hipótese, são<br />
consideradas estacionárias. Dependendo do ano inicial do histórico, esta hipótese<br />
pode não ser verificada em alguns casos. Esta distorção pode comprometer<br />
totalmente o planejamento da operação do sistema. Essas não estacionariedades<br />
têm sido verificadas principalmente nas bacias hidrográficas localizadas no Sul do<br />
Brasil. É fundamental rever essa questão, com uma análise estocástica profunda<br />
das séries hidrológicas empregadas pelo setor elétrico.<br />
A.12.6. CONCLUSÕES<br />
Tanto quanto discutir alternativas de modelagem, é urgente consolidar os<br />
dados utilizados <strong>para</strong> melhorar a representatividade das usinas:<br />
1- O conjunto de problemas discutido anteriormente leva a crer numa<br />
superestimativa da disponibilidade energética do sistema brasileiro.<br />
2- O emprego de diferentes modelos aumenta a robustez do processo. A<br />
pluralidade de análises enriquece o processo de planejamento e<br />
programação da operação.<br />
3- O detalhamento dos dados físicos das usinas leva a desempenhos<br />
superiores na modelagem dos sistemas hidrelétricos.<br />
4- A melhoria da qualidade dos dados físicos das usinas deve ser baseada<br />
na aferição com medições, testes efetuados nas usinas ou dados<br />
históricos<br />
* Elaboração de João Eduardo Gonçalves Lopes<br />
Doutorando da Escola Politécnica da USP<br />
Consultor de energia na área de Planejamento da Operação.<br />
A.2.9