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Um Novo Modelo para o Setor Elétrico Brasileiro

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Anexo 4<br />

<strong>Um</strong>a Política Energética Nacional*<br />

A.4.1. PARA A ELABORAÇÃO DE UMA POLÍTICA ENERGÉTICA<br />

Para a consecução de uma Política Energética Nacional com horizonte de<br />

longo prazo, e sob uma perspectiva voltada ao interesse público, propõe-se a<br />

realização de diversas fases de estudos de planejamento (tabela A.4.1) e<br />

estabelece procedimentos de harmonização dos resultados, visando subsidiar a<br />

elaboração de uma política energética nacional de longo prazo. Estas etapas<br />

pretendem fornecer bases <strong>para</strong> uma política energética futura, mais do que<br />

especificações detalhadas de programas de conservação ou oferta de energia. As<br />

evoluções de outros componentes que não sejam os energéticos, tais como o<br />

econômico e social, devem ser considerados com exógenos e se exprimem, seja<br />

sob a forma de objetivos fixados pelo poder público, seja na forma de hipóteses de<br />

trabalho ou mesmo como conseqüência das forças de mercado.<br />

Tabela A.4.1 – Fases de um estudo de planejamento e procedimentos<br />

A) Definição das grandes orientações econômicas, sociais e energéticas.<br />

Estas orientações gerais podem ser objetivos já definidos ou podem ser alternativas cujo interesse e<br />

factibilidade devem ser estudadas antes de ser tomada uma decisão.Todos estes elementos<br />

constituem as grandes linhas ou cenários (2 ou 3 variantes) a partir dos quais serão estabelecidas<br />

as previsões energéticas. Neste estágio, é necessária uma especial atenção na coerência destes<br />

elementos.<br />

• Mudanças econômicas e sociais: evoluções previsíveis dos principais setores econômicos, mudanças<br />

esperadas nos fenômenos sociais, objetivos pretendidos pelos poderes públicos, agências<br />

reguladoras e pelas forças econômicas nacionais, regionais e locais.<br />

• Principais orientações e estratégias <strong>para</strong> a demanda ou sobre o uso final dos energéticos: objetivos<br />

perseguidos ou procurados ligados ao nível e a estrutura da demanda da energia (políticas eficazes<br />

de conservação de energia, substituição entre fontes de energias, satisfação de necessidades sociais<br />

prioritárias, etc.).<br />

• Principais orientações ou estratégias em matéria de oferta de energia: penetração maior de novos<br />

energéticos, criação de redes nacionais de transporte (transmissão ou dutos), contratos de<br />

importação, grandes projetos energéticos, etc.<br />

B) As primeiras previsões da demanda de energia.<br />

• Previsões da demanda até 2017 ou 2022 com modelos técnicos econômicos tais como, MEDEE,<br />

MIPE, LEAP.<br />

• Análise dos resultados do ponto de vista interno do sistema energético.<br />

• Nível e estrutura da demanda.<br />

• Com<strong>para</strong>ção com a situação atual (2002) e entre os diversos cenários.<br />

• Com<strong>para</strong>ção com outras previsões, em particular aquelas dos produtores de energia (eletricidade,<br />

petróleo, gás, álcool...)<br />

• Verificar eventuais rupturas de tendências, contradições, impossibilidades e etc.<br />

• Verificar se os determinantes e hipóteses mais importantes não necessitam de uma análise de<br />

sensibilidade.<br />

• Influência das estratégias dos principais atores e grau de incerteza das previsões.<br />

• Análise dos resultados do ponto de vista externo ao setor energético.<br />

• Conseqüências e impactos possíveis das previsões energéticas sobre o sistema sócio-econômico<br />

(nível de vida, distribuição de renda, desenvolvimento regional, investimentos, balança de<br />

pagamentos, meio ambiente...)<br />

• Primeiro inventário de medidas de política energética ou de política geral que tornam possível as<br />

previsões feitas (medidas de conservação de energia, orientações <strong>para</strong> as agências de reguladoras<br />

setoriais, regulamentação nos transporte, etc.).<br />

C) Identificação e análise das decisões relevantes.<br />

<strong>Um</strong>a análise aprimorada destas questões pode trazer novas possibilidades de estruturação da<br />

demanda e a necessidade de inventariar outras medidas de política energética ou de outros setores.<br />

Os resultados obtidos até esta fase <strong>para</strong> cada cenário devem ser apresentados em relatórios<br />

sintéticos que mostram, em especial, quais são as decisões relevantes de cada alternativa, e são<br />

instrumentos básicos <strong>para</strong> a fase seguinte.<br />

No conjunto de previsões obtidas (por fonte de energia, por uso, por setor...) convém uma especial<br />

atenção <strong>para</strong> aquelas cujas opções e decisões são essenciais <strong>para</strong> a política energética futura. São<br />

pontos chaves que podem ser de dois tipos:<br />

• Mercados onde ocorrem disputas entre produtores de energia: glp/gás natural na cocção<br />

residencial; óleo combustível/gás natural <strong>para</strong> o calor industrial e cogeração; álcool/gasolina <strong>para</strong> o<br />

A.4.1

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