Um Novo Modelo para o Setor Elétrico Brasileiro
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Anexo 3<br />
Planejamento energético – questões e alternativas*<br />
O que a dinâmica concreta permite questionar é que o que houve não foi um<br />
desinteresse governamental, mas, ao contrário, o interesse em se manter uma<br />
condição, — cômoda, pouco transparente e nada neutra —, da possibilidade de<br />
pequenos grupos de pessoas tomarem decisões envolvendo vultosos investimentos<br />
(Programa Prioritário dE Termelétricas, Programa de 3 mil km de Linhas de<br />
Transmissão, Recomposição Tarifária, Seguro Apagão, entre outros).<br />
A.3.2. A RECAPACITAÇÃO E O ENFOQUE DO PLANEJAMENTO<br />
O que se pratica hoje no Brasil, em termos de planejamento, limita-se aos<br />
aspectos quantitativos (oferta, demanda, demanda de ponta, custos, e outros),<br />
desconsiderando aspectos qualitativos relevantes, entre outros o ambiental, o<br />
social, a Conservação de Energia, e o GLD (Gerenciamento pelo Lado da Demanda)<br />
com pouca consideração da necessidade ou eficiência do uso energético. Porém,<br />
apesar da má gestão dos recursos hídricos <strong>para</strong> geração de energia, ocorrida nos<br />
últimos anos, a produção hidrelétrica deverá manter relevância em nossa geração,<br />
considerando-se a excepcional reserva de recursos hídricos, além do domínio<br />
tecnológico e industrial da hidreletricidade.<br />
Caberia enfatizar como papel adequado <strong>para</strong> a produção de energia elétrica<br />
de fonte térmica no Brasil a complementação de oferta com ganhos de<br />
confiabilidade e eficiência, propiciando o fomento de pólos de desenvolvimento sem<br />
restrições decorrentes dos estrangulamentos de transmissão. Por outro lado,<br />
deverão ganhar espaço, por meio de programas específicos, a cogeração de energia<br />
como forma eficiente de produção e conservação de energia. O crescimento mais<br />
esperado na oferta de energia refere-se às fontes alternativas, destacando-se o<br />
bagaço de cana e biomassa florestal, energia eólica e energia solar. Não obstante a<br />
manutenção do programa de produção termonuclear.<br />
Critérios de Planejamento <strong>para</strong> Expansão do Sistema de Transmissão de<br />
Energia Elétrica:<br />
• Definição de prioridades e forma de financiamento <strong>para</strong> a expansão do<br />
sistema de transmissão e sua inserção na atual conjuntura do setor.<br />
Alguns pontos a serem abordados: perdas, mudanças propostas <strong>para</strong> a<br />
metodologia de tarifação do uso da transmissão (perda do sinal<br />
locacional);<br />
• Atendimento às premissas seguintes, <strong>para</strong> Dimensionamento Econômico-<br />
Energético das Interligações: (i) controlabilidade do processo, (ii)<br />
garantia de livre acesso e competição; e (iii), indicadores de expansão<br />
eficientes e coerência no processo.<br />
É neste contexto que se inserem os trabalhos voltados ao planejamento<br />
energético no país, de modo a atender as necessidades da população sem implicar<br />
na deterioração do meio ambiente, vislumbrando um arco mais amplo de<br />
alternativas do que o histórico setorial normalmente se ateve, aliado à ênfase na<br />
adoção de tecnologias mais eficientes e não poluentes.<br />
A.3.3. DIRETRIZES GERAIS<br />
•<br />
Introduzir um modelo integrado de planejamento industrial/energético,<br />
visando a modular e otimizar a curva de consumo industrial de<br />
eletricidade, mediante a atribuição de prioridades aos diversos<br />
segmentos industriais, em função de parâmetros importantes, que<br />
indiquem a criação de empregos e o valor da produção, por unidade de<br />
energia consumida. Modulando-se desta forma a curva de consumo,<br />
A.3.2